A Federação Nacional das Apaes (Fenapaes) lançou a cartilha “As muitas faces do capacitismo” durante a abertura da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla de 2023. A obra, organizada pelas professoras Anahi Guedes de Mello e Olivia von der Weid, tem como objetivo destacar a prejudicial presença de práticas capacitistas na sociedade e promover uma conscientização inclusiva.
O capacitismo envolve o preconceito e estigmatização das pessoas com deficiência com base em suas capacidades intelectuais e físicas, resultando em exclusão e segregação. Essas atitudes preconceituosas são comuns em ambientes como escolas, locais de trabalho e até mesmo em lares, muitas vezes de forma inconsciente.
Em uma matéria divulgada pela Apae Brasil, o vice-presidente da Fenapaes, Nilson Ferreira, enfatizou a importância da cartilha no avanço dos direitos das pessoas com deficiência, esperando que ela mude a percepção da sociedade em relação à capacidade das pessoas com deficiência.
“Certamente fará uma grande diferença. Infelizmente, algumas pessoas ainda têm essa concepção de achar que a pessoa com deficiência não tem a capacidade de fazer as coisas que eles querem, que eles precisam fazer. Então, eu acho muito bacana o propósito da cartilha e prezo para que esse documento seja de cabeceira da população brasileira, para que realmente a gente comece a enxergar as pessoas com deficiência com outro olhar, um olhar de protagonismo, um olhar de que essas pessoas têm, sim, competências, inclusive muitas vezes além de pessoas tidas como normais”, ressaltou.
O lançamento da cartilha é um passo significativo na luta contra o preconceito e a discriminação das pessoas com deficiência. O documento tem o poder de fornecer orientações valiosas para combater os comportamentos inaceitáveis enraizados na sociedade. Ao desvendar as várias formas de capacitismo e destacar suas consequências prejudiciais, a cartilha serve como um guia essencial para sensibilizar as pessoas sobre a importância de uma sociedade mais inclusiva. Ela oferece informações sobre como identificar e confrontar atitudes preconceituosas, tornando-se uma ferramenta educacional e de conscientização vital para combater o capacitismo em escolas, locais de trabalho e na vida cotidiana.
Além disso, a cartilha ajuda a criar um ambiente de apoio e compreensão, encorajando todos a refletir sobre seu próprio comportamento e a considerar o impacto que suas ações têm sobre as pessoas com deficiência. Ao destacar as consequências negativas do capacitismo, o documento demonstra que a exclusão e segregação das pessoas com deficiência são prejudiciais não apenas para aqueles que as vivenciam, mas para toda a sociedade. Ao disseminar o conhecimento e promover a empatia, a cartilha visa inspirar uma mudança de mentalidade e ação, levando a um futuro mais inclusivo e igualitário para todos.