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Barbie com síndrome de Down: representatividade na boneca mais famosa do mundo

Conheça a Barbie com síndrome de Down e entenda sobre a importância da representatividade de pessoas com deficiência em brinquedos para as crianças e a sua compreensão de mundo.
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Lorena Motter Kikuti
Estagiária de Jornalismo
Publicado em
Foto: Mattel

Num cenário repleto de brinquedos eletrônicos e objetos lúdicos que perdem atratividade de maneira acelerada, uma figura emblemática permanece resistente à passagem do tempo, continuando a ser fonte de inspiração para sucessivas gerações de crianças. Estamos nos referindo à Barbie, a famosa boneca fashion lançada em 1959, que transcendeu sua condição original de mero brinquedo e se transformou em uma poderosa ferramenta para imprimir valores essenciais nas mentes jovens. 

Através de suas variadas carreiras, narrativas e jornadas, a boneca mais famosa do mundo busca difundir ensinamentos sobre empatia, gentileza, equidade de gênero, empoderamento, diversidade, autoexpressão, criatividade, habilidade para resolver problemas e resiliência.

Tendo isso em vista, a Mattel, empresa responsável pela criação da Barbie, tem trabalhado para tornar o brinquedo mais inclusivo e para promover uma imagem corporal positiva. Portanto, em 2023, eles lançaram uma Barbie com síndrome de Down, para representar as pessoas com a condição. 

A companhia ainda conta com modelos para representar pessoas com deficiência auditiva, cadeira de rodas, próteses, etc. 

A Barbie com síndrome de Down

Conforme a reportagem publicada pela BBC News Brasil, a Mattel colaborou diretamente com a Sociedade Nacional de síndrome de Down dos EUA para assegurar que o modelo representasse de forma autêntica uma pessoa com a síndrome. Assim, a boneca apresenta uma estatura mais baixa e um tronco mais longo. O rosto é mais arredondado, com orelhas menores, uma ponte nasal plana e olhos amendoados. 

Ainda, a boneca inclui dispositivos ortopédicos cor-de-rosa no tornozelo, uma vez que algumas crianças com síndrome de Down utilizam esse tipo de suporte para dar apoio aos pés e tornozelos devido a condições ortopédicas específicas.

Sobre a roupa da boneca, o vestido de mangas bufantes exibe as cores amarelo e azul, associadas ao movimento de conscientização da síndrome de Down. Além disso, a boneca traz um colar com um pingente rosa que exibe três setas apontando para cima, simbolizando as três cópias do cromossomo 21, o material genético responsável pelas características relacionadas à síndrome de Down.

A matéria afirma que o objetivo de introduzir a boneca com síndrome de Down, segundo a Mattel, era de que “todas as crianças se vissem na Barbie” e que também houvesse a chance de brincar “com bonecas que não se assemelham a elas”. 

A importância da representatividade em brinquedos para jovens com síndrome de down

A brincadeira representa a linguagem universal das crianças. Durante as brincadeiras, os pequenos absorvem informações do mundo ao seu redor e constroem seus primeiros referenciais sobre os outros e sobre si mesmos. 

A palavra “representatividade” pode parecer complexa, mas mesmo antes de conseguir pronunciá-la, qualquer criança consegue compreender seu significado. E se ela puder aprender sobre representatividade enquanto brinca, isso é ainda mais positivo. Logo, é crucial considerar o tipo de brinquedo que oferecemos às crianças, pois quanto mais diversidade estiver presente nesse momento, mais ampla será a sua compreensão do mundo. 

Em entrevista ao portal Laboratório da Educação, a educadora e pesquisadora Waldorf Nina Veiga destaca que “a boneca é uma expressão da linguagem, é uma maneira de expressar simbolicamente aquilo que nos cerca”. Dessa maneira, o brinquedo desempenha um papel não apenas como meio de identificação para crianças que possuem síndrome de Down, mas também como impulsionador para que outras crianças adquiram uma compreensão mais ampla da diversidade. Uma vez que, os valores de respeito, tolerância e empatia têm início durante a infância.

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