Fernanda Berger, mãe da Mariana, aluna da Escola de Estimulação e Desenvolvimento (CEDAE) da Apae Curitiba e que tem síndrome de Down e está em investigação do duplo diagnóstico, explica que o processo tem sido desgastante e complicado. “Os especialistas alegam que por ela ter síndrome de Down e por ser menina, fica mais difícil de fechar o diagnóstico. Segundo os laudos, ela preenche todos os requisitos para autismo e TDAH, mas a deficiência intelectual dela dificulta o fechamento”, compartilhou.
A mãe conta que começou a suspeitar de que a filha tinha autismo além da SD, após a pandemia, quando a família se mudou de um local calmo e isolado para Curitiba e Mariana foi exposta a barulhos intensos e a mais contato com outras pessoas. Com a mudança, a menina de 5 anos passou a apresentar alguns comportamentos que chamaram a atenção de Fernanda. “Ela sempre bate o calcanhar no chão, quando está brincando. Ao assistir televisão, não para quieta, sempre assiste os mesmo desenhos, várias vezes, repete todas as falas dos desenhos e chega até a representar os personagens. Não come fora (restaurante, lanchonete, casa de parentes..)”, revelou.
Ainda, segundo os relatos da mãe, Mariana tem hipersensibilidade auditiva, seletividade alimentar, rigidez ao sair da rotina, apresenta descontrole de temperamento, não gosta que toquem nela sem sua permissão e tem dificuldade de realizar interações sociais.
Para Fernanda, a obtenção do diagnóstico correto seria um alívio para a família, pois eles já passaram por diversos profissionais que não mostraram interesse e preocupação suficiente para uma investigação adequada e eficiente.“Hoje o que mais me preocupa é não ter certeza do duplo diagnóstico. Pois com um diagnóstico certo, podemos fazer uma intervenção mais assertiva. No meu coração, sei que ela tem autismo também”, alegou.
Com toda a angústia detida nesse processo, Fernanda afirma que encontrou na Apae Curitiba um refúgio, onde ela tomou apoio, respeito e informação. “Todos os profissionais estão sempre abertos à conversa, uma troca de experiência maravilhosa. O trabalho da Apae vai além das salas de aula, chega na sua casa”, disse.
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