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Transformando Vidas: as múltiplas formas de voluntariado na Apae

Descubra quais são os materiais escolares adaptados mais procurados por pessoas com deficiência e mobilidade reduzida e entenda os benefícios que a tecnologia assistiva promove para a inclusão escolar.
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Lorena Motter Kikuti
Estagiária de Jornalismo
Publicado em
Voluntárias do Bazar Colmeia dedicando mais um dia de trabalho ao projeto - Foto: Eduarda Zeglin 

O trabalho voluntário, segundo a lei 9608 de 1998, é uma atividade não remunerada para ajudar entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos. Os objetivos dessas entidades são sociais, culturais, educacionais, recreativos, científicos ou de assistência à pessoa. 

Praticar o voluntariado envolve a entrega de tempo, trabalho e talento em prol de um bem maior. Trata-se de uma oportunidade de conhecer novas realidades, praticar novas funções e viver experiências. É um ato de amor ao próximo. Na Apae Curitiba, ao realizar o voluntariado é possível ajudar a causa da pessoa com deficiência intelectual e múltipla, síndromes e transtornos. 

Priscila Antunes, das relações institucionais e advocacy da entidade, afirma que o impacto do trabalho voluntário na Apae Curitiba é fundamental, pois através dele, torna-se possível ampliar e diversificar os atendimentos aos alunos.

Na instituição, o voluntariado ocorre de várias maneiras, podendo ser feito por pessoas, empresas e projetos, exigindo apenas uma condição: boa vontade e disposição para fazer a diferença. 

“Nós atendemos também algumas empresas, que fazem, através do seu RH (recursos humanos), justamente, uma proposta de trabalho para fazer o voluntariado e isso tem aumentado a produtividade desses colaboradores dentro de suas empresas”, compartilhou Priscila.  

Além disso, ela também destacou um programa muito importante que vem sendo realizado na Apae Curitiba, denominado Coletivo Inclusão.   

Coletivo Inclusão

Grupo de alunos da Escola Agrícola durante a aula de Capoeira - Foto: Carol Kuckla

O projeto Coletivo Inclusão oferece atividades aos alunos das unidades do Batel e Santa Felicidade. A iniciativa é da Apae de São José dos Pinhais e da Fazenda Rio Grande, que tem como missão promover a inclusão social de pessoas em situação de vulnerabilidade, principalmente pessoas com deficiência. Na unidade de Santa Felicidade, o Coletivo Inclusão se manifesta em aulas de capoeira. 

Durante as aulas, os alunos têm a oportunidade de aprender sobre a cultura afro-brasileira, praticar movimentos capoeiristas e de desenvolver e evoluir a parte cognitiva e motora, além de aprimorar as suas habilidades de socialização.  

O professor responsável pela aula, Edemilson, mais conhecido como Mestre Spock, fala sobre a evolução dos alunos: “a capoeira, ela é boa para o equilíbrio. Tinha uma época em que eles não conseguiam fazer uma estrelinha, hoje já fazem…isso quer dizer que eles ganharam confiança, ganharam equilíbrio e melhoraram o seu raciocínio lógico”.  

Fernando Parreira Roberto, aluno da Apae Curitiba e que frequenta as aulas de capoeira, compartilha a parte que mais gosta: “A estimulação que o professor nosso de capoeira faz conosco, os cantos de capoeira e a cultura da capoeira. A capoeira é uma cultura muito forte aqui, muito legal!” 

Para o professor, a melhor parte de ser voluntário é o amor recebido pelos alunos. Por isso, ele alega: “O carinho que eles têm, ninguém tem para dar para a gente. A gente se doa para eles como um todo, e assim, não tenho nem palavras para falar o retorno que se tem para gente como pessoa”.  

Estela Gulin, 30 anos de voluntariado

Esse amor pode ser sentido por todos os voluntários da instituição, em todas as áreas. Estela Gulin, que atua como voluntária na Apae Curitiba há mais de 30 anos, participando do Bazar Colmeia, sabe bem como é a sensação: “A alegria só de estar aqui me move, sabe? Então, às vezes, as pessoas me perguntam: ‘mas como você arranja tempo? Porque é que você escolheu a Apae?’. Não é o dar, eu percebo que eu recebo muito mais do que eu dou. Ela conta que esse gesto de amor ao próximo contribui para obter uma visão de mundo mais ampla e a entender outras realidades. 

Estela se doa por completo, dedicando sua energia, uma vez por semana, para a instituição; pedindo doações, organizando, vendendo e fazendo curadoria de peças para o bazar.

 O Bazar Colmeia é um brechó que depende de doações para funcionar. Os recursos e os lucros das vendas são fundamentais para manter os projetos, a estrutura, a saúde, o conforto e o desenvolvimento dos alunos.  

Mariana Gulin, filha de Estela, compartilha sobre a paixão da mãe pelo trabalho voluntário na instituição: “Ver o prazer dela vir, o orgulho que ela fala quando ela conta para as amigas ou vai em algum lugar e fala ‘você tem alguma coisa para doar? Porque eu sou voluntária da Apae, então quando você precisar, eu posso ir buscar’”.  

A voluntária se tornou um exemplo para os familiares e inspirou a entrada de todos em uma nova família, a família da Apae Curitiba.

“Desde que nós viemos de Ponta Grossa para Curitiba, ela começou com o voluntariado aqui na Apae e começamos a família inteira, né? Foi a família inteira envolvida e inclusive meu filho desde pequenininho”, expõe Mariana.  

Dessa forma, Estela convida a todos para uma aventura de inclusão, generosidade e boas ações: “Venha conhecer a Apae. Passe uma tarde e venha conversar com a gente, com cada um que trabalha aqui. Tenha o prazer de vir aqui conhecer, eu garanto que você também vai ser um APAExonado!”. 

Para se tornar um voluntário, acesse AQUI e preencha o formulário. 

Para saber tudo sobre Deficiência Intelectual, Síndromes e Transtornos, siga a Apae Curitiba no Facebook e Instagram.

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