Receber o diagnóstico de deficiência intelectual (DI) em um filho pode ser um momento desafiador para muitas famílias. Entender o que é a DI, como ela é diagnosticada, suas causas e as opções de tratamento disponíveis é essencial para auxiliar essas famílias na jornada de apoio e inclusão de seus filhos.
A deficiência intelectual é um transtorno do desenvolvimento que resulta em um funcionamento intelectual significativamente abaixo da média. Essa condição é acompanhada de limitações em habilidades adaptativas em várias áreas, como comunicação, cuidados pessoais, habilidades sociais e segurança. Essas limitações devem se manifestar antes dos 18 anos de idade. A DI é categorizada em quatro graus: leve, moderado, grave e profundo, dependendo do nível de suporte necessário para o indivíduo.
Segundo a Coordenadora Terapêutica da Apae Curitiba, Laura Cutrim, o diagnóstico de Deficiência Intelectual não acontece imediatamente após o nascimento. “Devido à ausência de fenótipos (características físicas). As famílias percebem alterações no desenvolvimento, como, por exemplo, “lentidão” para a aquisição de determinadas habilidades que são esperadas, dificuldade em relacionar com pessoas, resistência ao toque, entre outros”, contou.
O diagnóstico da DI envolve uma avaliação abrangente que inclui testes neurológicos e psicológicos, além de observações sobre o comportamento adaptativo da criança. Segundo o Portal do Governo Brasileiro, um protocolo específico para o diagnóstico etiológico da DI foi estabelecido para orientar a investigação dessa condição nos Centros de Referência no SUS. Esse protocolo ajuda a oferecer um direcionamento claro para o diagnóstico e acompanhamento desses pacientes.
As causas da DI podem ser variadas, abrangendo fatores genéticos, complicações pré, peri e pós-natais, e influências ambientais. Causas pré-natais incluem questões genéticas, erros inatos do metabolismo, má formação do sistema nervoso central e influências ambientais como desnutrição materna ou uso de drogas. Causas perinatais e pós-natais incluem complicações intrauterinas, infecções neonatais, traumatismos cranioencefálicos, infecções, doenças degenerativas, desnutrição e fatores sociais como negligência.
O tratamento para a DI depende da gravidade do caso e geralmente envolve terapias de reabilitação e estimulação, além de suporte medicamentoso quando necessário. A avaliação do comportamento adaptativo é crucial para desenvolver um plano individual de apoio, focando na melhoria da qualidade de vida e na inclusão social da pessoa com DI.
Além do tratamento médico, é importante um suporte educacional e social adequado. Escolas e instituições educacionais têm um papel crucial na inclusão e desenvolvimento dessas crianças e adolescentes, oferecendo um ambiente de aprendizado adaptado às suas necessidades.
Apesar dos desafios, indivíduos com DI podem levar vidas plenas e satisfatórias. É fundamental promover a conscientização sobre a DI e desmistificar estereótipos para garantir uma sociedade mais inclusiva e empática. A autonomia dos indivíduos com DI, embora relativa, é um objetivo importante, e o suporte de familiares, amigos e da sociedade é essencial para ajudá-los a alcançar seu potencial máximo.
O diagnóstico de DI em uma criança é apenas o início de uma jornada que pode ser rica e gratificante. Com o suporte adequado, crianças e adolescentes com DI podem desenvolver suas habilidades, contribuir para a sociedade e desfrutar de uma vida significativa e feliz. A chave é a compreensão, a aceitação e o apoio contínuo de familiares, profissionais de saúde, educadores e da comunidade.
No contexto de apoio e inclusão de pessoas com deficiência intelectual, síndromes e transtornos, a Apae Curitiba se destaca como uma instituição fundamental. Oferecendo uma gama abrangente de serviços que incluem educação, saúde e assistência social, a Apae Curitiba trabalha incansavelmente para melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência intelectual e suas famílias. Através de um modelo de atendimento integrado, a instituição busca não apenas educar, mas também promover a saúde, o bem-estar e a inclusão social de seus atendidos.
Esses serviços são essenciais para assegurar que as pessoas com deficiência intelectual tenham acesso às oportunidades e suportes necessários para desenvolver suas habilidades e potenciais. O compromisso da Apae Curitiba com a excelência no atendimento e a promoção da autonomia das pessoas com deficiência é um exemplo valioso do impacto positivo que uma instituição dedicada pode ter na vida de muitas famílias e na sociedade como um todo.
“As crianças encaminhadas para a Apae Curitiba, são atendidas nas áreas de Educação, Assistência Social e Saúde. Proporcionar atendimento em todas as áreas, favorece o melhor desenvolvimento. Os profissionais da saúde avaliam as necessidades e realizam os atendimentos conforme as possibilidades, sempre estimulando o desenvolvimento das crianças”, contou a coordenadora.
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