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Escolas CEDAE e Luan Muller recebem oficina de pintura e apresentação teatral da Companhia Cia Lamparina

O grupo mineiro tem percorrido o Brasil, levando a oficina Vagão Cultural e enriquecendo a experiência dos estudantes com uma imersão cultural.
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Eduarda Zeglin
Jornalista, Assistente de Comunicação, Marketing e Eventos
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Esta semana, a Companhia de Teatro Cia Lamparina, natural de Minas Gerais, marcou presença nas Escolas CEDAE e Luan Muller da Apae Curitiba para promover o projeto Vagão Cultural. A iniciativa inclui três atividades principais, como confecção de bonecos com materiais recicláveis, jogos de inteligência artificial e a apresentação de um espetáculo com bonecos construídos na técnica de amigurumi. 

Para chegar à capital paranaense, o projeto Vagão Cultural passou por um processo seletivo através do Governo Federal e foi aprovado na Lei Rouanet, que regula incentivos fiscais para a cultura, recebendo também a indicação e o suporte da empresa ExxonMobil, a qual tem realizado algumas atividades voluntárias na Apae Curitiba. 

A companhia leva seus projetos e oficinas às escolas do Brasil, mostrando que é possível criar atividades atrativas com a reciclagem. Na visão da coordenadora e fundadora do projeto, Joseane Guimarães, a apresentação é planejada através de elementos sustentáveis. Para fazer a apresentação de teatro ela explica que os bonecos são confeccionados na técnica de amigurumi, conhecida por produzir bonecos de crochê, e destaca que a proposta realizada visa aproximar e gerar uma certa identificação no imaginário infantil. 

A temática sobre a sustentabilidade esteve de encontro ao que é trabalhado em sala de aula, pois a Escola de Estimulação e Desenvolvimento (CEDAE) tem reforçado as questões ecológicas de preservação ambiental de forma lúdica. A turma da manhã esteve integrada nas atividades de pintura com os bonecos e a turma da tarde presenciou o teatro de fantoches, apresentando a peça ‘‘As Aventuras de Nala’’, que mostrou a importância de preservar o meio ambiente. 

Margareth Terra, diretora da escola, se sente muito feliz em ter recebido a companhia e ressalta mais uma vez a necessidade de ter o espaço para a arte e a cultura dentro do ambiente escolar.

‘‘Eu acho que a arte é extremamente importante porque ela é uma manifestação da nossa cultura. Então, ter a arte dentro do ambiente escolar é reforçar tudo que a gente trabalha em sala de aula, de uma maneira pedagógica e didática. A arte representa o planejamento. Caminha-se tudo muito junto e é muito importante ter todos os segmentos da arte dentro da educação infantil’’, ressaltou.

A oficina de confecção de bonecos utilizando materiais recicláveis é uma prática frequente realizada pelo grupo. Esse enfoque é impulsionado pela crescente preocupação com a sustentabilidade, uma tendência que tem motivado empresas e escolas a se envolverem nesse tipo de atividade, é o que destaca Joseane. Uma das técnicas mais comuns é o uso de garrafas PET na criação dos bonecos. Além disso, existem oficinas mais elaboradas, com duração de dois a três meses, onde são desenvolvidos bonecos manipuláveis a partir desses materiais recicláveis. Atualmente, essa é a oficina mais procurada e oferecida por eles.

Projeto Vagão Cultural na Escola Luan Muller

O projeto Vagão Cultural também chegou na Escola Luan Muller da Apae Curitiba no dia de ontem (15). Pela manhã, os alunos realizaram a atividade de decorar seus próprios bonecos e participarem de jogos na sala de informática. À tarde, as crianças puderam assistir à peça teatral de Nala.

A abordagem com crianças mais velhas é um pouco diferente, pois demonstram maior autonomia e utilizam a criatividade como uma aliada na realização das tarefas propostas.

‘’É muito gostoso também porque eles criam mais, eles têm mais consciência do que o que eles estão fazendo, e aí eles criam formas, a gente consegue colocar o jornal também como material expressivo para os maiores, e eles criam roupas, cabelos, e ali a criatividade vai muito além do que a gente pode prever’’, relata Guimarães.

Joseane também já esteve presente na Apae em Ouro Preto, onde colaborou em alguns projetos, embora não tenham sido de longa duração ela ressalta a necessidade de incluir todas as pessoas dentro do movimento cultural.

A equipe expressa o desejo de proximidade com crianças com deficiência intelectual, especialmente porque eles trabalham a sensibilidade dentro de seus espetáculos. Visitas sensoriais são conduzidas quando se apresentam para pessoas com deficiência, e há intérpretes de Libras disponíveis para facilitar a experiência dentro do teatro.

Hudson Raony, ator e diretor, também mostrou a sua gratidão em fazer parte do projeto na Apae. ‘’Eu sou suspeito para falar porque eu amo trabalhar com o terceiro setor, e está sendo muito bom estar aqui com as crianças’’, disse.

O projeto

A Companhia Cia Lamparina teve sua origem em 2012 na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. Após a graduação do grupo em artes cênicas, Joseane Guimarães estabeleceu a companhia, que rapidamente se destacou, atraindo diversos outros artistas ao longo de 12 anos de atuação. Desde o início, o foco tem sido a criação de espetáculos e oficinas que exploram o patrimônio, a história, o meio ambiente e outros temas relevantes, promovendo a importância do estudo e do trabalho, especialmente nas escolas públicas.

Desde o início, o projeto tem se dedicado a oferecer atividades para crianças, através de projetos e oficinas que fazem uso de materiais recicláveis, sendo confeccionados pelos próprios participantes. Joseane destaca que a companhia também busca inovar na criação de espetáculos, utilizando materiais biodegradáveis e sustentáveis, e privilegiando técnicas artesanais e manuais, o que dá vida ao teatro de bonecos.

O Projeto Vagão Cultural tem percorrido diversas cidades do Brasil, promovendo uma agenda repleta de atividades artísticas e culturais nas escolas. Sua jornada iniciou no dia 29 de abril em São Paulo. Em seguida, o projeto seguiu para o Rio de Janeiro. No dia 13 de maio chegaram à Curitiba onde encerram a sua participação. Para acompanhar mais sobre a Companhia Cia Lamparina basta acessar AQUI.

Para saber tudo sobre Deficiência Intelectual, Síndromes e Transtornos, siga a Apae Curitiba no Facebook e Instagram.

A Apae Curitiba

A Apae Curitiba conta com três centros terapêuticos que oferecem atendimentos à saúde gratuitos às pessoas com deficiência intelectual ou múltipla. A instituição é mantenedora de cinco escolas especializadas localizadas em Santa Felicidade, Batel e Seminário, em Curitiba. Confira nossas escolas:

➔ Escola de Educação de Estimulação e Desenvolvimento – CEDAE: Faixa Etária: 0 a 5 anos e 11 meses. 

➔ Escola Luan Muller: Faixa Etária: de 06 a 15 anos e 11 meses. 

➔ Escola Terapêutica Vivenda: Faixa Etária: a partir de 16 anos, com atuação no EJA. 

➔ Escola Integração e Treinamento do Adulto – CITA: Faixa Etária: acima de 16 anos, com atuação no EJA. 

➔ Escola Agrícola Henriette Morineau: Adultos e adolescentes a partir de 17 anos.

Fotos das atividades realizadas pelos alunos da Escola CEDAE

Fotos das atividades realizadas pelos alunos da Escola Luan Muller

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