A Apae Curitiba, uma instituição renomada por seu trabalho com pessoas com deficiência intelectual, traz à tona uma discussão vital sobre a interseção entre deficiências intelectuais e transtornos mentais comuns na infância, como o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).
Em crianças com deficiência intelectual, a identificação de transtornos mentais como TDAH e TOC pode ser particularmente desafiadora. Os profissionais da entidade destacam a importância de um olhar atento e especializado, uma vez que sintomas como dificuldades de concentração ou comportamentos repetitivos podem ser erroneamente atribuídos à deficiência intelectual, ao invés de serem reconhecidos como parte de um transtorno mental distinto.
O processo diagnóstico em quadros que apresentam comorbidades, a distinção entre qual é o quadro principal e secundário são desafiadores. A interação entre deficiência intelectual e transtornos mentais requer uma abordagem cuidadosa e atenta às expressões dos sintomas. O TDAH, por exemplo, pode ser confundido com característica pessoal ou manifestação de interesse em crianças com deficiências intelectuais, exigindo estratégias adaptadas de intervenção e suporte. Da mesma forma, o TOC pode apresentar desafios adicionais, tanto no diagnóstico quanto no tratamento.
Além do TDAH e TOC, a ansiedade e a depressão também são preocupações significativas nesta população. Os sintomas podem ser mais difíceis de identificar em crianças com deficiências intelectuais, tornando a conscientização e a formação dos cuidadores ainda mais importantes.
Segundo a Coordenadora Terapêutica da Apae Curitiba, Laura Cutrim, a correta compreensão dos comportamentos favorece o melhor desenvolvimento para a criança, o tratamento correto e a implementação do suporte que estimule a criança a desenvolver seu pleno potencial. “Lembrando que alterações comportamentais significativas devem ser avaliadas o quanto antes pelo médico e relatada a equipe que realiza o atendimento da criança, como, por exemplo: a criança aceitava interação social e passa a não aceitar mais, a recusa de alimentos que consumia, a perda do controle dos esfíncteres, entre outros”, falou.
A Apae Curitiba enfatiza a necessidade de um diagnóstico preciso e de um tratamento integrado que considere tanto a deficiência intelectual quanto os possíveis transtornos mentais. A instituição tem trabalhado incansavelmente para capacitar sua equipe e oferecer um ambiente terapêutico que atenda às necessidades específicas de cada criança.
Com a crescente conscientização sobre essas questões complexas, a instituição reforça seu compromisso com o bem-estar de todas as crianças, garantindo que recebam o apoio necessário para um desenvolvimento saudável e pleno.
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