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Entenda os desafios e saiba como lidar durante o processo de transição para a vida adulta de PCD

A psicóloga Jordana Lourenço traz alguns pontos fundamentais para que essa fase se torne um processo tranquilo de adaptação.
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Eduarda Zeglin
Jornalista, Assistente de Comunicação, Marketing e Eventos
Publicado em

Enfrentar a transição para a vida adulta é uma jornada repleta de obstáculos para todos, mas para aqueles que convivem com deficiência intelectual, esses desafios adquirem uma complexidade ainda maior. A passagem para a idade adulta envolve uma série de mudanças e adaptações que demandam uma compreensão aprofundada das necessidades individuais. Nesse contexto, as particularidades das necessidades específicas das pessoas com deficiência intelectual demandam um certo cuidado, destacando a importância de abordagens personalizadas e de apoio sólido ao longo desse processo de transição.

Com base nas considerações da psicóloga Jordana Lourenço, que atua na Apae Curitiba, e fazendo uso da definição fornecida pela American Association on Intellectual and Developmental Disabilities (AAIDD), a Deficiência Intelectual é caracterizada por limitações no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo. Essas limitações se manifestam nas habilidades adaptativas conceituais, sociais e práticas. A deficiência intelectual (DI) varia, abrangendo níveis profundos, graves, moderados e leves, o que pode determinar a necessidade de adaptações e suportes contínuos ao longo da vida. Superar esses desafios requer uma abordagem colaborativa, envolvendo não apenas as famílias, mas também educadores, profissionais de saúde e instituições sociais. 

Quando se trata de colocar essas questões em prática, é necessário oferecer treinamentos que aumentem sua participação em tarefas e escolhas pessoais. ‘’Essa parte é fundamental para que alcancem seu potencial máximo e tenham uma vida mais auto suficiente e gratificante. Não podendo esquecer de trabalhar o desenvolvimento das habilidades sociais, comunicação eficaz e compreensão das dinâmicas sociais. Isso pode incluir aulas sobre como iniciar e manter conversas, interpretar sinais não verbais e resolver conflitos’’, ressalta a profissional. 

Dentre tantos aspectos que devem ser abordados e trabalhados não só nesse processo de transição para a vida adulta, mas em todas as fases da PCD é a independência e autonomia. Jordana aponta que é altamente recomendável iniciar o planejamento dessa etapa desde cedo, incorporando metas, interesses e necessidades relacionadas à saúde, educação, habitação e possíveis oportunidades de inserção no mercado de trabalho. 

Vale ressaltar que a Apae Curitiba é uma instituição que visa o desenvolvimento das pessoas com deficiência intelectual, além de oferecer apoio nas mais diversas áreas da vida, como na educação, saúde e assistência social. Quando se fala de empregabilidade, a organização também mantém programas que ajudam nesse processo, como o Emprega Apae.

Lourenço também destaca outras instituições que ofertam esses recursos como a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e o Instituto Paranaense de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência. É possível sempre se manter informado pelas agências locais de emprego e centros comunitários para obter informações específicas sobre os recursos disponíveis. 

O papel da família durante o processo de transição

O papel das famílias na preparação para a vida adulta das pessoas com deficiência intelectual é crucial. Jordana diz que isso envolve apoio, direcionamento e oportunidades para cultivar habilidades e independência. É fundamental manter o diálogo aberto e sincero com a pessoa com deficiência intelectual, incorporando-os em conversas sobre metas, planos e decisões que irão colaborar para seu futuro como adultos. Permitir que assumam responsabilidades e participem de escolhas é essencial. Encorajar nas decisões e oferecer orientação quando necessário também é essencial. Além disso, promover a participação em atividades sociais e grupos que fomentam interações saudáveis é uma maneira valiosa de construir amizades, senso de pertencimento e autonomia.

Além de contar com o suporte da família ao longo desse processo, eles também precisam estar atentos às alterações na rotina. A psicóloga enfatiza a importância de introduzir gradualmente as mudanças no dia a dia delas. ‘’Comunique as mudanças de maneira clara e simples, usando linguagem acessível. Estabeleça rituais ou atividades regulares para criar segurança. Manter partes da rotina pode trazer estabilidade. Ofereça apoio emocional, valide sentimentos e esteja disponível para ouvir preocupações. Celebre conquistas com reforço positivo e modele comportamentos positivos de adaptação e flexibilidade’’, disse Lourenço. 

As habilidades sociais e emocionais também são essenciais para a construção de uma vida adulta saudável, ao integrar essas habilidades é possível estabelecer relacionamentos significativos. Jordana destaca algumas delas como a comunicação, empatia, compartilhamento e colaboração, limites sociais, respeito às diferenças, regulação emocional e resolução de conflitos. Ao introduzir essas habilidades é possível contribuir de forma positiva para uma maior socialização, além de garantir a autoestima, autoconfiança e bem-estar emocional. 

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Hoje a instituição atende quase 500 estudantes em cinco escolas, oferecendo saúde e assistência social. São realizados, em média, 50 mil atendimentos terapêuticos por ano e 3,5 mil por dia. Por ser uma instituição sem fins lucrativos precisa de apoio da sociedade. O ambiente precisa de reformas e para isso, que tal doar para a Apae Curitiba e apoiar a causa da pessoa com deficiência intelectual ou múltipla? É muito fácil, clique AQUI e saiba mais. 

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