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Tecnologia Assistiva na educação de pessoas com síndrome de Down

Conheça tecnologias assistivas que contribuem para a evolução pessoal e para o processo de aprendizagem de crianças e adolescentes com síndrome de Down.
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Lorena Motter Kikuti
Estagiária de Jornalismo
Publicado em

Os recursos de Tecnologia Assistiva (TA) empregados no Atendimento Educacional Especializado (AEE) são instrumentos de acessibilidade essenciais para alunos com necessidades educacionais específicas, visto que viabilizam qualidade de vida, mobilidade e desenvoltura, interações sociais, além de permitirem que esses indivíduos participem das atividades do campo escolar. 

Dentre as diversas necessidades educacionais especiais apoiadas na AEE, há alunos com síndrome de Down, uma anomalia genética na distribuição de cromossomos, tendo a deficiência intelectual (DI) como característica do diagnóstico. 

A DI afeta o desenvolvimento cognitivo da pessoa com a síndrome, porém não impossibilita o processo de aprendizado, desde que os estudantes sejam estimulados corretamente. 

Tecnologias assistivas (TA)

Os recursos de TA são todo e qualquer item como: equipamentos de comunicação alternativa, produtos ou sistema computadorizado fabricado em série ou sob medida, roupas acessíveis, brinquedos, softwares ou hardwares especiais, recursos para mobilidade, auxílios visuais e muitos outros itens com a finalidade de melhorar, aumentar ou manter as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. 

Tecnologia Assistiva para pessoas com síndrome de Down

Conforme o artigo “ Tecnologia assistiva aplicada como metodologia de ensino para alunos com síndrome de Down” de 2021, por Cláudia da Costa e Adriano Braga, as crianças com síndrome de Down dispõem de um fator determinante nas limitações cognitivas, elas detêm uma deficiência na memória auditiva de curto prazo que dificulta o acompanhamento de instruções faladas e de duração longa, principalmente quando envolvem múltiplas informações ou comandos, ou orientações sucessivas, comprometendo a elaboração de conceitos e frases maiores, com o vocabulário reduzido, fator que contribui para o atraso na linguagem e na comunicação e interação social. 

Dessa forma, a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), umas das categorias de TA, é um conjunto de recursos e estratégias com a meta de promover e ampliar as capacidades de expressão e compreensão na comunicação de pessoas com limitações derivadas de várias deficiências: restrição da fala, escrita funcional ou em defasagem entre a necessidade comunicativa e a habilidade de falar, entre outros. 

A CAA, de acordo com o artigo, é utilizada na educação de pessoas com síndrome de Down. Em seus sistemas, faz o uso de um conjunto de símbolos gráficos, figuras, fotografias, números, círculos para as cores, desenhos e alfabeto. Esses elementos são adequados para a idade do usuário, utilizados na construção de cartões e pranchas de comunicação, que podem combinar entre si para a criação de recursos de comunicação, em especial em atividades educacionais.  

O motivo dessa técnica utilizar esses meios, segundo a obra, está no fato de que a habilidade de memória dos jovens com síndrome de Down é mais desenvolvida e manifesta maior capacidade de processamento e assimilação de informações caso tais instruções estejam acompanhadas de gestos, imagens, figuras, vídeos e sons, pois estimula a atenção dos estudantes com a síndrome e, assim, trabalha o aspecto afetivo, funcional, rítmico, comunicativo e etc. 

Para Suellen Costa Ripka, Terapeuta Ocupacional da Apae Curitiba, “a forma como a CA é implementada geralmente estimula a oralidade através do parceiro de comunicação e a percepção do usuário a partir do momento em que é compreendido em seus pensamentos e necessidades. Usar a CA como recurso, é dar a possibilidade de fala e compreensão àqueles que foram por muito tempo silenciados e incompreendidos”, afirma. 

Além da CAA, há vocalizadores, computadores e softwares que realizam um papel importante como instrumentos pedagógicos no processo de aprendizagem, comunicação e expressão do aluno com síndrome de Down. O artigo afirma que os softwares educacionais são potencializadores na aprendizagem de estudantes com deficiência intelectual. 

Diante disso, a TA proporciona a pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida, e inclusão social por meio da ampliação de sua comunicação, mobilidade, aprendizado e, quando aplicadas em pessoas com síndrome de Down, possibilita sua participação em atividades educativas. 

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