A musicoterapia traz uma abordagem terapêutica inovadora e eficaz para crianças com deficiência intelectual, proporcionando um meio expressivo e acessível para promover o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. A utilização da música como ferramenta terapêutica oferece uma linguagem universal que ultrapassa as barreiras da comunicação tradicional, permitindo que as crianças expressem emoções, melhorem a coordenação motora e fortaleçam habilidades sociais de maneira envolvente e inclusiva.
Ao empregar técnicas específicas adaptadas às necessidades individuais de cada criança, a musicoterapia visa estimular o potencial cognitivo, promovendo a aprendizagem e o engajamento ativo. Além disso, a abordagem centrada na música cria um ambiente lúdico e estimulante, incentivando a participação ativa das crianças, favorecendo a construção de autoestima e a formação de vínculos interpessoais. Nesse contexto, a musicoterapia representa não apenas uma intervenção terapêutica, mas também uma ferramenta valiosa para promover a inclusão e a qualidade de vida de crianças com deficiência intelectual.
Diante dessas perspectivas, a Apae Curitiba busca ampliar os seus métodos terapêuticos. A instituição oferece musicoterapia principalmente para as crianças de zero a cinco anos. A musicoterapeuta Selma de Souza Caetano, que atua na Escola de Estimulação e Desenvolvimento (CEDAE) conta que cada criança é única e para que as sessões sejam realizadas da melhor forma os pequenos são avaliados dentro de suas necessidades e então é criado um plano de atendimento específico.
Entre os principais critérios considerados durante as sessões estão os aspectos rítmicos, expressão e movimento, a interação com os instrumentos, a comunicação e a linguagem, bem como o relacionamento interpessoal. Selma observa o progresso gradual das crianças não apenas no desenvolvimento da fala, pois a música contribui para a promoção de uma comunicação mais eficaz, beneficiando também o processo de aprendizagem.
‘’Contribui melhorando o comportamento social, aumentando a capacidade de pensar e de memorizar letras das canções de roda, gestos, concentração, habilidades motoras, além de ser uma grande aliada na alfabetização, facilitando também o relaxamento’’, ressalta a profissional.
Selma destaca que o começo da terapia envolve a introdução de músicas relacionadas à saudação, como “bom dia” ou “boa tarde”. As demais canções são trazidas pelo próprio paciente durante as sessões, podendo ser transformadas em composições conforme a necessidade do atendimento.
‘’A música é como uma ferramenta de trabalho, ela é criada a partir de aspectos emocionais e pode produzir sentimentos variados, trazendo conforto para quem ouve, conduzindo o indivíduo na percepção de si e na sua singularidade’’, complementou.
A musicoterapia também vai muito além da sala de aula, a atividade também podem ser utilizadas em outros ambientes e até mesmo em grupos, no qual todos os membros tocam algum instrumento em conjunto e participam da execução de uma música. Através das sessões de musicoterapia, a família também é incentivada a inserir músicas infantis na rotina da criança, visando a estimulação no ambiente domiciliar e favorecendo ainda mais o desenvolvimento de habilidades trabalhadas nas sessões.
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