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Psicólogo conta quais são as capacidades das PcD no Apaecast. Confira!

José Luiz de Mello, psicólogo da Apae Curitiba, explica sobre o ser sensitivo, transcendente, comunicativo e contemplativo.
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Eduarda Zeglin
Jornalista, Assistente de Comunicação, Marketing e Eventos
Publicado em

No Apaecast especial da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla de hoje (26) você confere uma entrevista com o psicólogo José Luís de Mello, ele faz análises e explica algumas características da pessoa com deficiência, além de enfatizar a importância de quebrar barreiras e fugir do olhar limitante de que elas são incapazes.

As limitações estão presentes em todos os indivíduos e nos mais variados contextos sociais, mas podem ser superadas, o que não difere em relação às pessoas com deficiência (PcD). José traz a sua perspectiva em relação ao modo como eles conseguem amar, criar, sentir, transcender, comunicar e terem a sua própria liberdade. 

“Essas características são importantes demais para a gente observar nessas pessoas e fugir do olhar limitante de que elas não conseguem. É possível, sim, inserir a pessoa com deficiência ou a pessoa com limites dentro de um contexto onde poderá exercer todas essas capacidades”, explica. 

Muitas vezes a sociedade impede a PcD de produzir tarefas, impondo questões sobre o que é realizado. É importante deixá-los à vontade para fazer as atividades da sua própria maneira. O psicólogo conta que os estudantes da Apae Curitiba têm a capacidade de tirar do anonimato uma visão própria e diferenciada daquilo que vemos. “Isso é algo que eles fazem a todo instante aqui na sala, trazem uma contribuição significativa para o mundo”. 

Alguns aspectos podem ser considerados quando se fala em capacidades das PcD. O primeiro é sobre o ser intuitivo, algo que faz parte do ser humano. Quando se trata dessa questão relacionada à PcD podemos observar outras formas de desenvolvimento dessa habilidade. Elas conseguem realizar tarefas do cotidiano de maneiras diferentes, seguindo suas intuições e isso é algo significativo na forma como enxergam o mundo. 

O segundo ponto é do ser sensitivo, transcendente e comunicativo. José explica que o ser sensitivo e transcendente é aquele que tem a capacidade humana de ir em direção ao outro. Mesmo com todas as barreiras e questões enfrentadas no dia a dia conseguem se colocar e entender o próximo. Ao se comunicarem também tem uma certa dificuldade, mas todos se expressam da sua maneira, é preciso que estejamos atentos às suas questões e saibamos escutá-las.

O terceiro vem ao encontro do ser “livre para”, afinal não estão livres das limitações e suas deficiências, mas são livres para tomar suas decisões para além da sua patologia e elas vêm de forma intuitiva, amorosa e criativa. 

E por último é o ser contemplativo. Não fazem julgamentos e conseguem observar as coisas, vivendo aquele momento com todo o seu amor e a sua essência. 

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