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Nutricionista conta a importância da introdução alimentar durante a infância

Adriele Souza, nutricionista da Apae Curitiba reforça a importância da alimentação balanceada para as pessoas com deficiência intelectual.
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Eduarda Zeglin
Jornalista, Assistente de Comunicação, Marketing e Eventos
Publicado em
do lado esquerdo cinco pessoas estão servindo pratos de comida para as pessoas com deficiência que estão do lado direito. Ao centro, formas com comidas.

Muito se fala sobre ter uma alimentação saudável, mas nem sempre é fácil colocá-la em prática. O hábito é mais desafiador para pessoas com deficiência intelectual. Toda pessoa é única e necessita de uma dieta alimentar adequada e específica. Algumas precisam mais de proteínas, outras se apropriam de vitaminas, por isso é importante o acompanhamento de um profissional.

Segundo Adriele Souza, nutricionista da Apae Curitiba, muitas pessoas com deficiência intelectual estão sujeitas ao ganho de peso mais fácil e propensas a desenvolverem doenças graves, como a diabetes. Algumas possuem o metabolismo mais lento, além da mastigação incorreta dos alimentos, que faz com que libere pouca Leptina – hormônio que desempenha importante papel na regulação da ingestão alimentar e no gasto energético, gerando um aumento na queima de energia e diminuindo a ingestão alimentar. 

A especialista ainda conta que a introdução de hábitos alimentares desde a infância auxilia na oferta adequada de nutrientes, mantendo o corpo saudável e prevenindo doenças crônicas não transmissíveis. Os bons hábitos devem vir da família, pois a criança se espelha nos adultos. 

“É de casa que vem o exemplo. Trabalhamos na escola e a família tem que dar continuidade em casa, porque de nada adianta aprender e comer saudável na escola e em casa não ter o mesmo ritmo. O trabalho fica mais difícil e, muitas vezes, inválido”, diz.

Quando os pais perceberem que existe a dificuldade da introdução de alimentos na alimentação da criança, é aconselhável substituí-las. Mesmo assim, é importante ofertar o alimento rejeitado ou mudar sua forma de apresentação. Ele pode ser colocado em outro prato, com um corte ou uma textura diferente. Há várias opções. Mas é preciso oferecer outra comida que a criança goste com o alimento rejeitado.

A educação alimentar e nutricional vai muito além da mudança de hábitos. Também envolve o aprendizado sobre o que é saudável. Quando não se tem uma base alimentar na infância, é preciso implantar novos métodos na vida de quem já passou pela fase. Isso pode ocorrer desde o preparo, até a participação no momento das compras e da escolha dos alimentos. Adriele ressalta a importância de pensar na execução das tarefas conforme a condição de cada um, às vezes necessitando de supervisão. Ainda explica que a alimentação para os deficientes intelectuais deve conter todos os grupos alimentares, como carboidratos, proteínas, vitaminas e minerais. 

“Não há alimentos específicos, com exceção de algumas deficiências, mas geralmente é uma alimentação com qualidade, sempre um prato colorido e bem diversificado. O que devemos frisar bastante são as quantidades ofertadas, principalmente para algumas síndromes, como a Síndrome de Down, que são pessoas que biologicamente são mais propensos a desenvolver obesidade” finaliza. 

Colabore com a Apae Curitiba

A Apae de Curitiba tem por missão promover e articular ações de defesa de direito e prevenção, orientações e prestação de serviços direcionados à melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência intelectual ou múltipla para a construção de uma sociedade justa e solidária. 

A associação é mantenedora de cinco escolas especializadas. Conta com três centros terapêuticos que oferecem atendimentos à saúde. Atua em outros dois pilares: educação e assistência social. Seja um mantenedor dessa causa. 

Doe: apaecuritiba.colabore.org/doeapae
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