Garantir a presença de profissionais qualificados e especializados no atendimento a pessoas com deficiência intelectual e múltipla é uma das principais prioridades da Apae Curitiba. Laura Cutrim é uma dessas profissionais que têm desempenhado um papel importante na instituição.
Formada em psicologia pela PUC (PR) há dez anos, Laura sempre manteve contato com a área de educação especial e inclusão durante seu estágio. Embora inicialmente tenha tido interesse na área clínica, ela se especializou em psicologia sistêmica, neuropsicologia com foco em avaliação e reabilitação, além de desenvolver habilidades na área da deficiência.
Seu envolvimento com a Apae começou em agosto de 2015, e ao longo desses oito anos, ela trabalhou como psicóloga no Setor Terapêutico, nas Casas Lar e agora atua como coordenadora terapêutica. Suas principais responsabilidades incluem gerenciar os setores terapêuticos, melhorar a qualidade dos serviços e gerenciar equipes.
Trabalhar nessa área exige uma série de competências e habilidades essenciais para oferecer um cuidado de qualidade aos indivíduos atendidos. Além de conhecimento técnico e científico, é necessário ter empatia e sensibilidade com as pessoas que estão passando por dificuldades físicas, emocionais ou mentais.
Laura destaca quatro palavras importantes como habilitar, reabilitar, manter e acolher. Essas palavras mostram a importância de desenvolver habilidades, estimular melhorias e oferecer um ambiente seguro e inclusivo. Esses princípios são fundamentais para promover o bem-estar e o desenvolvimento das pessoas atendidas no cuidado terapêutico.
No intuito de fortalecer as ações da Apae, Laura planeja adotar estratégias para fortalecer cada vez mais a inclusão. ‘’Enquanto instituição, penso que quanto mais conhecemos os recursos disponíveis em todas as esferas, mais podemos trabalhar em prol da inclusão de forma eficaz. Conhecer as possibilidades, trabalhar para a mudança de cultura e trazer informações atuais e necessárias para que nossas ações sigam o caminho em direção a inclusão eficaz e que a instituição possa fortalecer as famílias para buscarem seus direitos’’, relata.
Para alcançar resultados positivos, a profissional pretende promover um ambiente de trabalho colaborativo e estimulante para a equipe terapêutica da Apae Curitiba. Ela acredita que é essencial que cada membro envolvido no cuidado das pessoas com deficiência assuma sua responsabilidade, compreenda as particularidades de cada indivíduo e desempenhe o seu melhor trabalho. Quando a equipe compreende a importância de seu papel, tem um ambiente propício para as trocas necessárias e um suporte para recorrer em caso de necessidade, o que estimula o engajamento e a realização do serviço proposto.
Cutrim também destaca os principais desafios. ‘’O maior desafio é conhecer o funcionamento da instituição como um todo, aprender de onde e como vem os recursos para serem investidos na área da saúde, conhecer o funcionamento de cada setor, visto que são três unidades e elas trabalham de formas distintas, mesmo tendo o mesmo objetivo, que é favorecer o desenvolvimento da pessoa com deficiência”, ressalta.
Apesar das dificuldades, ela reconhece que há muito trabalho a ser feito, mas acredita que a equipe da Apae tem um belo trabalho pela frente. Com determinação, é possível alcançar resultados significativos.