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Brasil brilha nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, mas enfrenta falta de representatividade na TV aberta

Compreenda como a disparidade na cobertura midiática dos Jogos Paralímpicos de 2024 afetou a visibilidade dos atletas paralímpicos.
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Lorena Motter Kikuti
Estagiária de Jornalismo
Publicado em

Os Jogos Paralímpicos surgem como um palco global fundamental para evidenciar o impacto inclusivo e transformador do esporte. Mais do que uma competição de alto nível, eles oferecem uma vitrine para a força, a determinação e a habilidade dos atletas com deficiência, desafiando preconceitos e estereótipos.

Cada edição dos Jogos Paralímpicos é uma oportunidade valiosa para promover a inclusão social, demonstrando que o esporte pode ser uma poderosa ferramenta de integração e mudança. Ao celebrar as conquistas desses atletas, os Jogos não apenas inspiram respeito e admiração, mas também catalisam uma transformação cultural, reforçando a importância da diversidade e da igualdade em todas as esferas da vida.

Nos Jogos Paralímpicos de 2024, em Paris, o Brasil contou com uma delegação de 280 atletas, dos quais 255 possuíam deficiência e competiram em 20 modalidades diferentes. Esta foi a maior representação brasileira já registrada para uma edição dos Jogos fora do país. O Brasil destacou-se como uma grande potência paralímpica, conquistando 89 medalhas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze na edição de Paris 2024. O país terminou na 5ª posição no quadro de medalhas.

Conheça nossos medalhistas de ouro de 2024:

*Última atualização 10/09/2024 às 14:00

Exclusão na TV Aberta

Apesar da expressiva representatividade esportiva brasileira e do sucesso nos Jogos, o evento não foi transmitido em TV aberta no Brasil. O Grupo Globo, que detinha os direitos exclusivos de transmissão dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, decidiu exibir a competição apenas em um canal do SporTV, disponível na TV por assinatura. A cobertura em TV aberta ocorreu apenas por meio de boletins durante a programação e em um espaço no Globo Esporte. Além disso, nem todas as modalidades com participação de brasileiros foram transmitidas.

O canal contou com o programa “Conexão Paris”, apresentado pela jornalista e apresentadora Joanna de Assis, juntamente com o paratleta de natação Daniel Dias, o maior medalhista paralímpico brasileiro, com um total de 27 medalhas. Essas informações foram divulgadas pelo Comitê Brasileiro Paralímpico (CPB).

O cenário foi completamente diferente nas Olimpíadas de Paris 2024, competição que ocorreu aproximadamente um mês antes das Paralimpíadas, que obteve transmissão com programas especiais na TV aberta e em quatro canais da SporTV. De acordo com dados fornecidos pelo próprio Grupo Globo, foram contratados 100 comentaristas especializados nas modalidades olímpicas especificamente para o evento.

Falta de representatividade

De acordo com dados de 2022 do IBGE, existem 71,5 milhões de domicílios com TV no Brasil, dos quais 65,5 milhões recebem sinal aberto, o que representa 91,6% dos lares com televisão no país.

Para eventos de escala global como as Paralimpíadas, a transmissão pela televisão desempenha um papel essencial na conexão do público com o esporte e na promoção da inclusão de pessoas com deficiência através da atividade esportiva. No entanto, quando o acesso a essas transmissões é limitado ou desigual, muitas vezes por motivos comerciais ou de concorrência, a democratização do esporte é prejudicada. No contexto das Paralimpíadas, essa exclusão pode aumentar a invisibilidade das pessoas com deficiência, impactando na inclusão dessas pessoas.

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