Clara e Alice, filhas da médica Vanessa Paiva, nasceram com Síndrome de Down e fazem parte de uma combinação rara que acontece a cada dois milhões de partos segundo especialistas. Faz sete meses que as meninas nasceram e de lá para cá, seus pais descobriram que elas possuem cardiopatia – doença que atinge o coração.
“Elas são gêmeas idênticas, se desenvolveram em uma única placenta, ou seja, com material genético igual. A singularidade aumenta porque as duas nasceram com a mesma cardiopatia, chamada de defeito do septo atrioventricular, uma má formação congênita das cavidades dos corações”, explica o pai, Felipe Le Draper Vieira, de 43 anos.
Ao todo, as irmãs passaram 78 dias internadas numa UTI, com problemas alimentares e já enfrentaram duas cirurgias para reconstruir as cavidades dos corações.
O diagnóstico da Síndrome de Down aconteceu quando a mãe das meninas estava na 20ª semana da gestação. O susto foi grande para os pais, Vanessa e Felipe, que moram em Valença, sul do Rio de Janeiro, que também são pais de Arthur, de 13, e Davi, de 11.
“Foi uma notícia que impactou muito a gente, não seremos hipócritas. A obstetra me ligou, perguntando onde eu estava e disse que precisava falar comigo. Naquele momento, eu já senti o choque. Pessoalmente, ela me contou. Eu desabei. Por ser médico, eu sei de todas as dificuldades e das comorbidades que podem estar associadas a essa alteração genética”, relata o pai.
Síndrome de Down, não é uma doença, mas sim uma mutação do material genético, a síndrome começa na gestação quando as células do embrião são formadas com 47 cromossomos, sendo que o mais frequente é com 46 cromossomos.


Fonte: Metrópolis