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Falta de informação contribui para as atitudes capacitistas

Capacitismo também está no ambiente escolar, diz professor
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Rhúbia Ribeiro
Assistente de Marketing
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Falta de informação contribui para as atitudes capacitistas

Você sabia que algumas palavras que falamos no cotidiano geram atitudes capacitistas? Esses pré-julgamentos englobam falas preconceituosas contra as pessoas com deficiência (PcD) que, por falta de conhecimento, se tornam normais no dia a dia como, por exemplo, as frases “Dar uma mancada”, “Dar uma de João sem braço” e “Está cego!”; e as palavras  “Ceguinho” e “Mudinho”. Esses comportamentos existem, basicamente, em toda a sociedade, onde as situações não são esclarecidas à população, tendo a falta de informação contribuído para os fatos. 

Perceber as atitudes, hábitos e condutas é muito importante para evitar o preconceito. “Esse tipo de situação já virou dito popular. Algumas dessas frases, dependendo do contexto, ficam, realmente, pejorativas”, disse o psicólogo da Apae Curitiba, Joubert Ramalho, ao Apaecast desta terça-feira (23). “Quanto mais você traz informação ao público, de modo geral, menores são as chances dessas reincidências ocorrerem.” 

“A falta de conhecimento reforça que a pessoa é incapaz ou que ela é uma coitada”, conta o professor de arte da Escola Integração  e Treinamento do Adulto (CITA), Everton Gonçalves, ao tratar sobre o capacitismo no ensino regular. Segundo ele, muitas vezes,  o professor do ensino regular que se depara com o estudante com deficiência tem essa visão. 

Para evitar que o preconceito aconteça no ambiente escolar, o professor precisa trazer o estudante para perto, não o excluindo mais do que ele já é na sociedade. Everton conta que a educação é um direito tanto para a pessoa sem deficiência, quanto para a pessoa com deficiência. Entretanto, em alguns momentos não haverá a aceitação da PcD, através da visão da incapacidade de seguir as limitações escolares e aprender os conteúdos. “Ela tem seus limites, mas não deixará de aprender”, explica. 

Acabar com as barreiras do capacitismo aumentam as igualdades na sociedade. Para Everton, a visão capacitista tem que ser quebrada de alguma forma, de modo que a pessoa com deficiência tenha o seu lugar na sociedade.  Com isso, existem duas maneiras citadas por Joubert Ramalho: a orientação e os processos jurídicos. Conforme o psicólogo, a melhor medida é a orientação. 

“Há duas possíveis maneiras: uma delas é a orientação e a explicação, pois muitas vezes a pessoa não percebe que isso acontece. Dependendo do contexto da para ir para um processo mais jurídico de, realmente, entrar com uma queixa sobre discriminação. Mas  a melhor medida é a questão de orientação,  trabalhando o processo de empatia e entendendo o outro lado”, conta.

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Imagem: fancycrave1 / Pixabay

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