No mês passado, profissionais da educação e da saúde da Apae Curitiba participaram de um seminário conduzido por Juliana Mendes, diretora da Escola Alternativa, para discutir a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) e a avaliação de crianças com deficiência. Dando continuidade a essa integração, a Apae Curitiba reuniu, desta vez, professores e profissionais da saúde da Escola CEDAE para capacitá-los e aprofundar o entendimento sobre o aluno autista.
Durante o encontro, a especialista em educação especial abordou temas como a definição de autismo e suas principais características, além de apresentar soluções práticas para desafios como o transtorno da socialização. Os professores e terapeutas também trouxeram suas dúvidas sobre o trabalho pedagógico com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), gerando debates e discussões enriquecedoras sobre as melhores práticas para apoiar esses alunos.
Juliana ressaltou a importância de trabalhar com precisão ao lidar com crianças com TEA, alertando que qualquer erro na rotina estabelecida entre aluno e profissional pode acarretar diversas consequências. ”A gente propõe atividades com um passo a passo e uma rotina para que o processo de aprendizagem da criança ocorra de forma assertiva. Não oferecemos atividades que possam induzir ao erro, evitando assim a criação de comportamentos inapropriados, que podem causar crises ou episódios disruptivos. Por isso, é fundamental trabalhar de maneira precisa, e acho que isso ficou bem claro para eles”, enfatizou a profissional.
A diretora Margareth Terra destacou a importância de os profissionais estudarem os documentos compartilhados por Juliana para se aprofundarem no assunto e implementarem as práticas discutidas com as crianças. Segundo a diretora, atualmente 80% dos alunos da escola estão no espectro autista.
Manter os profissionais sempre atualizados sobre como agir e trabalhar com pessoas com deficiência é fundamental para o andamento do trabalho e, principalmente, para o desenvolvimento da criança, pois é na primeira infância que se aprendem e se dão os primeiros passos.
A psicóloga Giulia Vieira ressaltou que esse momento foi extremamente valioso, permitindo a troca de experiências e vivências que irão ajudá-la a conduzir o seu trabalho terapêutico.
‘’O curso foi bem bacana. Pudemos compartilhar conhecimentos sobre o transtorno do espectro autista, obter informações atualizadas e aprender dinâmicas práticas para o dia a dia. Exploramos atividades diferenciadas que ainda não tínhamos pensado, e agora a equipe pode desenvolver e implementar novas ideias a partir disso”, comentou.
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