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O trabalho da enfermagem nas Casas Lar

Como acontece o cuidado com a saúde dos nossos acolhidos
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Eduarda Zeglin
Jornalista, Assistente de Comunicação, Marketing e Eventos
Publicado em

A enfermagem tem um papel fundamental nas Casas Lar da Apae de Curitiba, um espaço dedicado ao atendimento de pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla. O profissional de enfermagem é responsável por garantir a assistência à saúde dessas pessoas, proporcionando cuidados e bem-estar aos acolhidos.

As Casas Lar são um local onde as pessoas com deficiência podem ter um ambiente adequado, uma casa e equipamentos para viverem com conforto e segurança. Essas casas possuem profissionais capacitados para atender as necessidades específicas de cada residente, e o enfermeiro tem um papel vital nesse atendimento. 

O trabalho do profissional de enfermagem inclui a avaliação constante do estado de saúde dos moradores, o planejamento e execução de cuidados básicos, como curativos, administração de medicamentos, higiene e alimentação adequada. Além disso, são responsáveis por promover ações de prevenção de doenças e cuidados especiais para cada caso e levar cada um deles para realizar exames e consultas para garantir a qualidade de vida dos residentes.

Um dos principais desafios da enfermagem nas Casas Lar é o atendimento às necessidades individuais de cada residente. Cada pessoa tem suas particularidades, e o profissional de enfermagem deve estar preparado para atender cada uma delas de forma adequada e personalizada. A comunicação com os residentes é essencial para que o profissional possa entender suas demandas, além de estabelecer um vínculo de confiança e empatia. 

O enfermeiro Andrey Zolotorevsky Alves comenta sobre a rotina que precisou criar depois que assumiu como profissional nas Casas Lar: “Quando comecei a trabalhar atendendo os acolhidos, primeiro foi necessário realizar um pente fino para ver quais eram as necessidades dos moradores. E a partir desse levantamento, os pacientes hipertensos, por exemplo, podem ter um controle para assim fazer um retorno ao médico e ajustar a medicação, porque tem paciente que não realiza retorno de consulta. Por isso, eu tento direcionar os atendimentos para cada especialidade individual de cada acolhido pelas Casas Lar,” diz. 

Muitas vezes os exames são realizados fora das Casas, é necessário que os pacientes sejam acompanhados até as consultas. Quando as intercorrências acontecem, também é responsabilidade do enfermeiro dar suporte inicial para esses moradores, se precisar levar em hospital ou UPA. O profissional de enfermagem é responsável por toda a parte de saúde de cada acolhido, tanto em horário de expediente quanto no auxílio de mensagens, dando aquele suporte via telefone também.

Além do atendimento direto aos moradores, o profissional de enfermagem também é responsável pela articulação e acompanhamento de encaminhamentos médicos e especializados, sempre em busca da melhoria da qualidade de vida dos residentes. A atuação do enfermeiro vai além dos cuidados diretos com os moradores. Ele também é responsável por manter registros atualizados dos moradores, elaborar planos de cuidados e relatórios, além de orientar e capacitar outros profissionais e familiares sobre os cuidados com os residentes.

Em conclusão, o trabalho da enfermagem nas Casas Lar da Apae Curitiba é de extrema importância para garantir a assistência à saúde e o bem-estar das pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla que foram acolhidas. O profissional é responsável por cuidados básicos, como administração de medicamentos, curativos, higiene e primeiros atendimentos, além de promover ações de prevenção de doenças e cuidados especiais para cada caso. É fundamental valorizar e reconhecer o trabalho desses profissionais, que desempenham um papel essencial no cuidado das pessoas com deficiência que foram acolhidas nas Casas Lar.

As Casas Lar

As sete Casas Lar estão localizadas em Santa Felicidade, Curitiba, e acolhem 35 pessoas. São casas de acolhimento para pessoas com deficiência intelectual ou múltipla, maiores de 18 anos, todos nas condições de órfãos, abandonados ou em situações de risco. Nelas os acolhidos residem permanentemente (como em um lar), frequentam as escolas, recebem os atendimentos da área de saúde e cuidados por mães sociais, responsáveis pelos cuidados, organização e administração das casas. 

O trabalho é desenvolvido em parceria com a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, que faz o encaminhamento de novos possíveis moradores, inclusive os advindos de determinação judicial, e o acompanhamento da qualidade do acolhimento e bem-estar dos moradores. O serviço é acompanhado pelo Ministério Público/Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Vara da Infância e da Juventude.

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