Conviver com nossas diferenças sempre será uma missão para o convívio do dia a dia. Dentro disso, é fundamental identificarmos todas aquelas deficiências que não estão diante de nossos olhos. Essas deficiências não necessitam de aparelhos como cadeiras de rodas, muletas, ou a dependência de qualquer outro objeto.
Fernanda de Ramos, psicóloga da Escola Luan Muller da Apae Curitiba, explica que as deficiências invisíveis correspondem a “doenças que não afetam o corpo físico ou a sua aparência, mas aquelas que os indivíduos precisam conviver e que afetam muitas vezes sua vida e sua convivência familiar e social”, diz.
Também é compreendido como deficiência invisível, ou não aparente, aquelas que não são observadas a nível físico, como depressão, epilepsia, fibromialgia e dificuldades de aprendizagem. Estas deficiências podem variar entre outras em gravidade ou sintomas.
Para isso é importante ter um acompanhamento contínuo com uma equipe multidisciplinar e o apoio familiar para o fortalecimento emocional. “Os familiares necessitam de orientações e acompanhamentos para poderem dar assistência familiar adequada”, explica. O primeiro passo para ajudar a pessoa é se mostrar aberto, acreditando e dando ouvido ao que ela está dizendo.
A profissional da saúde reforça que a sociedade coloca os pacientes de diabete e hipertensão sob cuidados, mas deixam doenças emocionais como déficit de atenção, fobias, depressão e fibromialgia, entre outras, sem uma base sólida de apoio social.
A psicóloga acrescenta que “as doenças invisíveis, apesar de, muitas vezes, não aparecerem fisicamente, podem trazer dificuldades e incapacidades, como, por exemplo, dificuldade de estar em ambientes fechados, isolamento social, aglomerações, entre outros.”