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Como conversar com uma criança autista?

Saiba dicas práticas para conversar com uma criança que tem o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e ter sucesso.
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Lorena Motter Kikuti
Estagiária de Jornalismo
Publicado em

Dado que uma das características principais do autismo é o déficit significativo nas habilidades sociais, conectar-se com uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) através da conversa pode ser uma tarefa complicada se você não souber fazer uma abordagem adequada. 

No entanto, não permita que isso o impeça! Há formas de se comunicar com crianças autistas. Por isso, baseado em um texto produzido pelo Instituto de Educação e Análise do Comportamento, reunimos sugestões para facilitar o processo de uma conversa com uma criança com TEA, veja: 

1. Faça um esforço para se comunicar com crianças autistas

Muitos adultos optam pela alternativa mais simples, evitando incluí-las nas conversas. Porém, isso é um equívoco. Ambas as partes podem se beneficiar das tentativas de diálogo, mesmo que nem sempre sejam eficazes. 

Evite levar as dificuldades para o lado pessoal e continue tentando envolver gentilmente crianças autistas em conversas. É bem provável que elas desejam interagir, mas podem estar com dificuldade em encontrar uma maneira de fazer isso.

2. Escolha o momento certo

Em alguns momentos, pode não ser oportuno conversar com crianças autistas, pois muitas delas têm horários e ritmos específicos para seu comportamento. Interrupções durante períodos em que estão profundamente envolvidas em outra atividade provavelmente resultarão em uma conversa não tão produtiva quanto o esperado. 

Da mesma forma, estimular a criança quando ela estiver ocupada pode levar ao bloqueio, já que estímulos excessivos podem ser desafiadores para crianças com TEA. Assim, é aconselhável aguardar por um momento calmo e tranquilo para iniciar uma conversa.

3. Converse sobre os interesses da criança

O hiperfoco é uma das características predominantes em indivíduos com autismo. Engajar-se repetidamente em discussões sobre os mesmos assuntos em uma conversa, ouvir insistentemente a mesma música ou ler todos os artigos disponíveis sobre um tema específico são exemplos de como o hiperfoco pode se evidenciar.

Pode parecer monótono ou simplório, mas você descobrirá que há uma participação e um conforto muito maior ao permanecer, durante a conversa, no assunto que a criança deseja discutir.

4. Mantenha frases curtas, diretas e claras

É preferível evitar referências indiretas, metáforas ou qualquer linguagem abstrata ao se comunicar com crianças autistas. Geralmente, elas têm dificuldade em interpretar comunicações que dependem da leitura de estados emocionais ou subtextos. 

É importante ajustar o ritmo da conversa para um nível que a criança consiga acompanhar. Enquanto muitos de nós processamos frases instantaneamente, crianças autistas precisam de mais tempo para analisar o que ouvem. Portanto, é essencial dar a elas o tempo necessário para processar a informação.

5. Esteja atento aos sinais não verbais.

Devido às dificuldades que as crianças autistas enfrentam com a linguagem, elas frequentemente desenvolvem comportamentos que expressam o que elas querem comunicar. 

Assim, os gestos ou ações que acompanham sua fala podem transmitir mais do que palavras, se você observar com atenção e compreender esses sinais.

6. Busque conhecer mais sobre o autismo para lidar melhor com a criança

É fundamental que as pessoas se eduquem sobre o autismo para melhor compreenderem como interagir e se comunicar com crianças autistas. O conhecimento sobre o autismo ajuda a reconhecer as necessidades específicas dessas crianças, entender suas formas de expressão e adaptar a comunicação para uma interação mais agradável. 

Ao estudar mais sobre o autismo, as pessoas podem promover uma interação mais positiva e significativa, garantindo que as crianças com o espectro se sintam compreendidas, respeitadas e incluídas em suas interações sociais. 

Inclusão

A Apae Curitiba desempenha um papel crucial na comunidade ao oferecer suporte a pessoas com deficiência intelectual, síndromes e transtornos, incluindo o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Através de serviços integrados de educação, saúde e assistência social, a instituição se destaca como referência no apoio a indivíduos com deficiência e suas famílias. 

Especialmente para crianças e jovens com autismo, a abordagem multidisciplinar da Apae Curitiba é altamente benéfica, fornecendo educação adaptada, suporte terapêutico e reabilitação. Esse cuidado especializado contribui significativamente para o desenvolvimento de habilidades sociais, comunicação e autonomia, melhorando assim a qualidade de vida das pessoas com TEA.

Para saber tudo sobre Deficiência Intelectual, Síndromes e Transtornos, siga a Apae Curitiba no Facebook e Instagram.

A Apae Curitiba

A Apae Curitiba conta com três centros terapêuticos que oferecem atendimentos à saúde gratuitos às pessoas com deficiência intelectual ou múltipla. A instituição é mantenedora de cinco escolas especializadas localizadas em Santa Felicidade, Batel e Seminário, em Curitiba. Confira nossas escolas:

➔ Escola de Educação de Estimulação e Desenvolvimento – CEDAE: Faixa Etária: 0 a 5 anos e 11 meses. 

➔ Escola Luan Muller: Faixa Etária: de 06 a 15 anos e 11 meses. 

➔ Escola Terapêutica Vivenda: Faixa Etária: a partir de 16 anos, com atuação no EJA. 

➔ Escola Integração e Treinamento do Adulto – CITA: Faixa Etária: acima de 16 anos, com atuação no EJA. 

➔ Escola Agrícola Henriette Morineau: Adultos e adolescentes a partir de 17 anos.

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