As Casas lar são casas de acolhimento institucional, onde abrigam pessoas com deficiência intelectual ou múltipla, meninos e meninas de 16 a 59 anos, todos nas condições de órfãos, abandonados ou em situações de vulnerabilidade. Nelas os acolhidos residem permanentemente, frequentam as escolas, recebem os atendimentos da área de saúde sendo cuidados por mães sociais, responsáveis pela organização e administração das casas.
Também há um acompanhamento por parte de um coordenador geral, responsável por ações tais como: escala/presença das mães sociais, passeios, viagens, aquisição de alimentos, remédios, vestuário, consultas médicas e odontológicas, qualidade dos cuidados nas casas e também pelo contato e agendamento de possíveis visitas de parentes visando reforçar vínculos familiares para possível retorno ao lar.
Rosilei atua como assistente social das Casas Lar, onde presta todos os serviços essenciais aos moradores, além de contar com a ajuda de nutricionistas e de uma equipe de enfermagem. “Eu sou assistente social das casas lar e estou presente conforme as necessidades. Então eu cuido de toda a parte social deles, desde a questão de roupa, do que eles estão precisando, e de passeios para a socialização deles” diz
O trabalho é desenvolvido em parceria com a Secretaria de Família e Desenvolvimento Social (SEDS), onde o Ministério Público faz o encaminhamento e acompanhamento dos novos possíveis moradores, inclusive os que vem de determinação judicial, assim proporcionam uma assistência de qualidade, acolhimento e bem-estar aos moradores.
O convênio que as Casas Lar mantêm com a SEDS, ajuda nas manutenções necessárias, como na compra de alimentos, produtos eletrodomésticos, e na contribuição de reformas. Alguns moradores recebem o chamado “Benefício de prestação continuada’ (BPC)’ onde são ofertados alguns mantimentos como roupas e até mesmo em consultas em unidades de saúde, as casas também vivem de doações de alimentos e material de limpeza.
A assistente social compartilhou uma experiência emocionante que teve com uma aluna da instituição no dia do seu aniversário. “Nós estávamos brincando com ela, e ela estava toda alegre cantando parabéns. Quando a gente colocou uma música da Xuxa, ela começou a chorar e aquilo foi muito emocionante, porque transmitiu a ela algo, talvez, da infância que tenha vivido. Naquele momento ela demonstrou chorando, agradecendo a gente por ter feito aquele momento pra ela”, comenta. Isso mostra que apesar das dificuldades e de serem pessoas com deficiência, são capazes de demonstrar carinho e afeto, seja por alguém, por um momento ou por algo que tenham vivenciado no decorrer da vida.