Sabemos que incentivar a prática de exercícios físicos pode ser um desafio único quando se trata de crianças com autismo. No entanto, essas crianças podem obter inúmeros benefícios com a atividade física, abrangendo áreas como comportamento, bem-estar físico e emocional, redução de estereotipias, desempenho acadêmico e interação social. Eloisa Moura Andreia, professora de Educação Física da Apae Curitiba na Escola de Estimulação e Desenvolvimento (CEDAE) há 10 anos, detalha cada uma dessas áreas e recomenda atividades específicas para esses alunos:
Conforme Eloisa, a atividade física pode melhorar a atenção e reduzir comportamentos disruptivos. Isso inclui a diminuição da hiperatividade e o aumento da capacidade de concentração, facilitando uma melhor adaptação a diferentes situações.
Fisicamente, a prática de exercícios contribui para a aptidão física, controle de peso e melhora da coordenação motora. Emocionalmente, a atividade física pode reduzir a ansiedade e o estresse, promovendo uma sensação geral de bem-estar.
Os movimentos repetitivos, conhecidos como estereotipias, podem ser reduzidos através da atividade física, que oferece uma maneira adequada de canalizar a energia acumulada.
A prática regular de exercícios físicos pode melhorar o desempenho escolar ao aprimorar a função cognitiva e o foco, resultando em uma melhor capacidade de aprendizado.
A atividade física oferece oportunidades valiosas para a socialização. Participar de esportes em grupo ou atividades coletivas ajuda a desenvolver habilidades sociais, como compartilhar e se comunicar com os pares. Além disso, a prática esportiva pode aumentar a confiança e a autoestima, facilitando a integração em outros contextos sociais.
Para crianças com TEA, as atividades físicas devem ser adaptadas às suas necessidades específicas. Eloisa recomenda as seguintes atividades:
Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem enfrentar desafios específicos ao participar de atividades físicas, como sensibilidade sensorial (algumas crianças são sensíveis a estímulos como barulho ou toque), dificuldade em seguir regras e resistência à mudança. Para melhor atender às necessidades dessas crianças, Eloisa sugere:
Essas adaptações são fundamentais para maximizar os benefícios da atividade física para crianças com TEA, promovendo seu desenvolvimento físico, emocional e social.
A Apae Curitiba reconhece a importância da prática de exercícios físicos para o desenvolvimento de pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla, síndromes e transtornos, e oferece atividades para promover o bem-estar total dos seus alunos.
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