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Autismo e superdotação: entenda como identificar e apoiar crianças com dupla excepcionalidade

Entenda o que é a dupla excepcionalidade, combinação entre superdotação e autismo.
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Kamile Soares
Estagiária de Jornalismo
Publicado em

As Altas Habilidades (AH)/Superdotação (SD), são características presente em indivíduos que demonstram um alto desempenho em diversas áreas, incluindo as acadêmicas, desde a infância. Por outro lado, o autismo envolve desafios em aspectos como interação social, comunicação e comportamentos repetitivos. No entanto, essas duas condições podem coexistir, formando uma categoria específica dentro da neurodiversidade, a dupla excepcionalidade.

Pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista), podem ter habilidades cognitivas elevadas, incluindo superdotação, mas nem todos os autistas são superdotados. A combinação de ambos os fatores não é tão fácil de quantificar devido à falta de pesquisas e diagnósticos específicos.

Como identificar a superdotação?

Não é tão simples chegar ao diagnóstico, pois os sinais podem ser confundidos com problemas como déficit de atenção, dislexia ou outros transtornos de aprendizagem. Segundo o neuropediatra Dr. Julio Koneski, a aplicação de testes de QI não é fundamental para o diagnóstico de pessoas com AH/SD. Mas os testes são uma ferramenta excelente e precisa para formalizar o diagnóstico presumido clinicamente. 

As crianças superdotadas costumam ser aprendizes precoces, demonstrando facilidade para contar, ler e escrever desde cedo. Elas tendem a possuir um vocabulário extenso, domínio avançado da gramática e habilidades comunicativas comparáveis às de um adulto. Além disso, estudantes com altas habilidades e superdotação frequentemente apresentam uma ótima memória para fatos e um raciocínio desenvolvido, o que os torna pensadores críticos em diversas situações.

Diante desses sinais, é fundamental que pais e educadores estejam atentos às características das crianças superdotadas, buscando avaliação especializada e suporte adequado. Com o acompanhamento correto, esses alunos podem desenvolver seu potencial, garantindo que suas habilidades sejam valorizadas e estimuladas em um ambiente que favoreça seu crescimento.

Superdotação e hiperfoco, são a mesma coisa?

Embora a superdotação e o hiperfoco estejam interligados em certos contextos, eles não são a mesma coisa e representam características diferentes. Como já citado, a superdotação diz respeito a um conjunto de habilidades excepcionais em áreas específicas, como criatividade, artes ou acadêmicas. Já o hiperfoco é um conceito relacionado ao funcionamento cognitivo e comportamental, que se refere à capacidade de uma pessoa se concentrar intensamente em uma tarefa ou atividade específica, muitas vezes ao ponto de perder a noção do tempo e do ambiente ao redor.

Resumindo, a superdotação e o autismo são condições distintas, mas que podem ocorrer em conjunto. É fundamental reconhecer as características específicas de cada condição para oferecer o apoio adequado e promover o desenvolvimento do potencial de cada indivíduo. 

Para apoiar o desenvolvimento social e emocional de uma criança com dupla excepcionalidade, é essencial uma avaliação multiprofissional e o desenvolvimento de um Plano Educacional Individualizado (PEI) que atenda tanto ás suas habilidades quanto às dificuldades. 

A Apae Curitiba se mantém comprometida com o desenvolvimento integral de crianças autistas, atuando com sensibilidade, dedicação e conhecimento técnico para garantir que cada uma delas tenha acesso às oportunidades que merece. A instituição oferece um ambiente acolhedor, seguro e inclusivo, onde cada criança é respeitada em sua singularidade e incentivada a crescer no seu próprio ritmo.

Com uma abordagem pedagógica especializada e multidisciplinar, a Apae promove o desenvolvimento cognitivo, emocional, social e motor, sempre considerando as necessidades específicas de cada indivíduo. O trabalho é realizado com o apoio de profissionais capacitados que compreendem as particularidades do espectro autista e sabem como estimular habilidades, valorizar conquistas e construir caminhos de autonomia.

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