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Arte e esporte são importantes ferramentas que impulsionam o processo de inclusão das pessoas com deficiência

Assessores técnicos Sérgio Feldhaus e Roberto Soares destacam iniciativas promovidas pela Apae Brasil, entre elas o Festival Nacional Nossa Arte e as Olimpíadas Especiais das Apaes.
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Redação Apae
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Imagem da Apae Brasil, do lado direito um homem correndo, do lado esquerdo um show. No canto inferior direito, a logo da semana da pessoa com deficiencia

Diversos estudos científicos pelo Brasil e mundo afora já confirmaram que a arte e o esporte proporcionam inúmeros benefícios à saúde. Fazem bem ao corpo, à alma e à mente. Essa dupla, no entanto, é mais do que isso: são agentes de transformação, ou seja, ferramentas que promovem a inclusão social e a cidadania.

Por compreender a relevância da arte e do esporte, e da capacidade ímpar deles de possibilitar oportunidades e melhores condições de vida às pessoas com deficiência, a Apae Brasil realiza grandes eventos para mostrar à sociedade a necessidade e a relevância da plena inclusão para o real desenvolvimento do país e, principalmente, enfatizar que, apesar dos impedimentos, as pessoas com deficiência são capazes de praticar uma atividade e têm direito à cidadania.

Além de atuar na linha de frente pela melhoria de legislações e políticas públicas, a Apae Brasil também se dedica na promoção de iniciativas internas e de visibilidade nacional que contribuem tanto para impulsionar e consolidar o processo de inclusão quanto para estimular cada vez mais a autonomia, o protagonismo e a independência das pessoas com deficiência.

Uma dessas ações é o Festival Nacional Nossa Arte, que acontece desde 1995, a cada três anos. A primeira edição foi em Salvador (BA), enquanto a última em Manaus (MA), em 2019, com a participação de 1,2 mil artistas de todo o país.

Diante da repercussão do último encontro, marcado por apresentações talentosas, reflexivas e de qualidade técnica, a Apae Brasil foi convidada para participar em 2021 do Festival de Dança de Joinville, com as Apaes de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rondônia e São Paulo. O resultado foi positivo e a instituição foi chamada para retornar neste ano ao maior evento do mundo em número de participantes, agora com as Apaes de Pernambuco, Ceará e Santa Catarina.

O assessor técnico de Arte e Cultura da Apae Brasil, Sérgio Feldhaus, pontua que a arte contribui tanto no desenvolvimento global quanto na socialização com familiares e amigos, por exemplo. Para Feldhaus, a arte possibilita entender e instigar os sentidos, a imaginação, os pensamentos, as criações e as ações, “o que faz com que o sujeito perceba e compreenda sua existência, seja ela individual ou socialmente”.

“Por meio da arte, a pessoa com deficiência elabora momentos de superação, autoconfiança e satisfação no que está fazendo, nas diversas linguagens artísticas”, salienta o assessor, que prevê uma maior atuação dos artistas da Apae Brasil em outros grandes eventos, a exemplo de música, teatro e artes visuais, “em busca da inclusão no mundo sociocultural”.

“A Apae Brasil é uma instituição de referência quando se trata de oportunidades nas áreas de arte e cultura para as pessoas com deficiência. E entendemos que o processo de inclusão social é possível quando a sociedade e as pessoas com deficiência andam de mãos dadas, por meio de oportunidades, quando há interesse de abrir os palcos para os nossos artistas e quando se gera momentos de interação”, acrescenta Sérgio Feldhaus.

Mudança de postura

As Olimpíadas Especiais das Apaes é outro evento de prestígio do movimento, que é estatutário e realizado a cada três anos, desde 1973. A primeira edição nacional aconteceu na cidade do Rio de Janeiro (RJ). O Rio Grande do Sul foi o último Estado a sediar o evento, em 2018, em Canoas.

Já a 23ª ocorrerá entre os dias 5 e 10 de dezembro, em Aracaju (SE), com a participação de 1,6 mil pessoas, entre atletas, técnicos e acompanhantes. Neste ano serão 11 modalidades, sendo quatro coletivas (basquete, handebol, futsal e futebol society) e sete individuais (atletismo, natação, ginásticas rítmica e olímpica, tênis de mesa, capoeira e bocha). Além dos três líderes que subirão ao pódio, todos os atletas serão premiados.

O assessor técnico de Educação Física, Desporto e Lazer da Apae Brasil, Roberto Soares, diz que, além de ser uma ferramenta poderosa e capaz de oferecer benefícios para o corpo e a mente, o esporte é um importante pilar para o desenvolvimento e a promoção da inclusão e da cidadania, sobretudo no que diz respeito às pessoas com deficiência.

Segundo Roberto, as iniciativas da organização, a exemplo das Olimpíadas Especiais das Apaes, mostrando que as pessoas com deficiência têm capacidade de realizar uma mesma atividade que uma pessoa sem deficiência, vêm colaborando para uma mudança de postura da sociedade.

“Mais do que representar seus estados, ganhar medalhas e fazer novas amizades, as Olimpíadas são o momento em que nossos assistidos demonstram autonomia, determinação e superação. Por isso, a Apae Brasil estimula a prática do esporte, uma ferramenta ímpar, pois tem a força de agregar e despertar a atenção para a eliminação das barreiras atitudinais, que impedem a plena e efetiva participação das pessoas com deficiência na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas”, afirma.

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A Rede Apae destaca-se por seu pioneirismo e capilaridade, dando apoio às pessoas com deficiência intelectual ou múltipla. A instituição tem por missão promover e articular ações de defesa de direitos e prevenção, orientações, prestação de serviços e apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência e à construção de uma sociedade justa e solidária. 

Texto: Felipe Menezes – Apae Brasil 

Aluna do CEDAE sorrindo para a tela em primeiro plano. Ao fundo crianças brincam

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