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Trintarte: celebrando a inclusão e a arte em apoio à Apae Curitiba

Uma noite de solidariedade e expressão artística em comemoração aos 61 anos da instituição.
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Eduarda Zeglin
Jornalista, Assistente de Comunicação, Marketing e Eventos
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Na noite de ontem (07), a Apae Curitiba realizou a sua segunda edição da Exposição Trintarte no Hotel Bourbon em comemoração aos 61 anos da instituição. O evento trouxe obras de artistas renomados da região paranaense, sendo uma celebração da inclusão e da arte.

As artes estiveram sob curadoria do artista, professor e crítico Luiz Fernando Amorim Custódio com o tema ‘’O tempo, o espaço e a eternidade’’, revelando cerca de 30 obras. Uma das artistas participantes foi Marines Veiga, cuja obra “Pacha Mama” foi selecionada como capa da edição de 2023. Marines explicou que a pintura foi criada ao longo de vários meses e originalmente chamada de “Mulher Vermelha”. Com o passar do tempo, a obra adquiriu outros significados para ela durante a pandemia de Covid-19. Marines continuou a trabalhar na pintura como uma forma de se conectar com aspectos positivos da vida. Foi nesse contexto que o curador Luiz decidiu nomear a obra como “Pacha Mama”, simbolizando a renovação da natureza e da vida. 

Bernna Wanessa Silva, uma artista autodidata com 40 anos de experiência, apresentou três obras intituladas “Honestos o Deus da Forja”, “Reflexos Íntimos” e “O Sonho”. Em suas criações, ela incorpora inspirações da Mitologia Grega, explorando seres mágicos e míticos. Ela compartilhou seu desejo de que suas exposições de arte tenham um propósito beneficente e possam contribuir para causas nobres, como o apoio à Apae. Ela explicou: “Meu sonho era que quando expusesse meus quadros, isso tivesse um propósito benéfico e pudesse ajudar instituições como a Apae, por exemplo. Tenho sobrinhas com necessidades especiais, então para mim, é a realização de um sonho”, ressaltou.

A arte abstrata foi representada pela artista Ceres Fonseca, que apresentou duas obras chamadas “Explosão de Cores”. Desde 1984, ela tem explorado a expressão artística por meio das cores. Ceres também tem experiência como galerista e teve suas obras em exposições em São Paulo, além de conquistar algumas premiações. ”É muito gratificante poder participar e colaborar com esse trabalho que o Luiz está fazendo junto a Apae, nós temos que fazer alguma coisa em benefício das crianças”, destacou Fonseca.

Liegi da Silva Oliveira representou sua mãe, Regina Oliveira, que teve suas obras em exposição.‘’Eu estou muito feliz por estar aqui, porque a obra da minha mãe é incrível e artista nunca morre, e a obra dela está viva como sempre ela foi, e lutando pela arte, por um lugar como artista plástica”. Liegi conta que sua mãe passou por diversas fases ao longo da carreira e uma das obras expostas remetia a algo mais abstrato, trabalhando as cores. 

Por outro lado, Thiago Porto, gerente executivo da Apae Curitiba, reconheceu o valor da obra de arte de Regina e adquiriu o quadro. Ele elogiou a organização do evento e expressou sua admiração por todas as obras, enfatizando a espetacularidade de uma delas. ”Eu fiquei bastante admirado com todas as obras, eu achei essa aqui espetacular, muito bonita. Mandei uma foto pra minha esposa e pro meu filho e eles selecionaram a obra que eles mais gostaram e eu tô levando ela pra casa. Acabei de conhecer a filha da artista que fez a obra e estou bem feliz com o evento e com a repercussão que teve com todo esse engajamento da comunidade”, comentou Porto. 

Unindo forças para um futuro inclusivo

Reunir a arte em prol da causa da PCD faz com que momentos como esse se tornem ainda maiores, trazendo o engajamento e a conscientização da sociedade e da comunidade sobre a importância da causa. O evento não só proporciona uma experiência cultural enriquecedora, mas também se destaca na divulgação dos trabalhos e que eles possam ser concretizados no futuro, é o que relatou Antônio Bellegard, vice-presidente da instituição. 

‘’O que eu enxergo hoje são muitas perspectivas, um futuro com muita vontade de trabalhar, vendo a Apae como uma instituição pro futuro. Os trabalhos que a gente estava fazendo e os trabalhos que a gente tem são projetos para o futuro e vai haver várias mudanças na Apae e não vai demorar muito pra acontecer isso’’, enfatizou Bellegard.   

Mariana Gulin, uma das representantes do Conselho Administrativo da entidade, ressaltou como é estar participando de mais uma edição do Trintarte. ‘’Mais uma vez é uma honra pra mim e pra Apae principalmente, é mais um Trintarte na história e trazer artistas para contribuir com a sociedade e também contribuir com a Apae  é uma honra e é uma honra estar no Conselho e fazer parte dessa instituição que eu amo tanto’’, disse. 

A visibilidade do evento em torno de figuras públicas

Autoridades públicas também estavam presentes, desempenhando um papel fundamental na promoção da visibilidade necessária para as pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Caroline Arns esteve representando seu pai e Senador Flávio Arns, figuras que têm sido essenciais para o engajamento da causa da PCD. 

‘’Eu estou muito feliz em estar aqui num evento tão importante e necessário. A Apae significa pra gente a união de esforços. É muito importante a gente se dedicar a causa da pessoa com deficiência, a gente poder estar junto com a diversidade, aprender com as pessoas, dar valor às pequenas coisas e isso é fundamental. A Apae junta todas as pessoas, junta artistas, diversidade, educação, necessidade do desenvolvimento, então quando a causa é forte os laços são muito fortes também’’, ressaltou Carol. 

Assessores do senador Sérgio Moro também compareceram representando não apenas a autoridade, mas sim, o casal Moro, que tem sido apoiadores da causa da pessoa com deficiência intelectual e múltipla. Fábio Aguayo esteve ao lado da colega Adriana Kaminski compartilhando um pouco sobre a importância da divulgação do trabalho prestado pela entidade. 

‘’Precisamos trazer a população pra conhecer esse trabalho e hoje com parlamentares que entendem do trabalho, facilita a divulgação, mas também trazer recursos não só federais, estaduais e municipais, não só pra ampliação do atendimento, mas da questão estrutural desse trabalho que é desenvolvido com tanto afinco pela comunidade, voluntários, diretoria e conselheiros’’, relatou. 

O significado desse momento também foi compartilhado pelo vereador Oscalino do Povo. ‘’É significativo esse trabalho, é uma benção sobre benção estar sendo recebido por vocês junto a Apae, ela traz um significado para a sociedade e exemplos de fazer o bem sem olhar a quem’’, completou. 

A exposição já tem sido um marco na história da Apae que inspira e recorda a todos nós do poder transformador da solidariedade e da arte. O evento representa a união de talento artístico e empatia, servindo como um farol de esperança para um futuro mais inclusivo e igualitário para as pessoas com deficiência. 

Este evento memorável não seria possível sem o apoio de parceiros comprometidos com a causa da Apae. O Hotel Bourbon, que gentilmente sediou a segunda edição da Exposição Trintarte, não apenas forneceu um espaço elegante e acolhedor para a celebração da arte e da inclusão, mas também demonstrou seu compromisso com o engajamento comunitário e a responsabilidade social. Além disso, a Gráfica e Editora Hellograf desempenhou um papel crucial, garantindo que todos os materiais impressos refletissem a qualidade e a beleza das obras de arte expostas, contribuindo significativamente para a comunicação visual e o impacto do evento. O Shopping Cristal, igualmente, mostrou sua valiosa parceria, apoiando a iniciativa e fortalecendo o laço com a comunidade local, provando que a colaboração entre o comércio e as causas sociais pode gerar frutos inestimáveis. Juntos, esses parceiros reforçam o compromisso com um futuro mais inclusivo e ajudam a elevar a missão da Apae, assegurando que a arte e a solidariedade continuem a florescer em eventos como o Trintarte.

A Apae Curitiba

A Apae Curitiba conta com três centros terapêuticos que oferecem atendimentos à saúde gratuitos às pessoas com deficiência intelectual ou múltipla. A instituição é mantenedora de cinco escolas especializadas localizadas em Santa Felicidade, Batel e Seminário, em Curitiba. Confira nossas escolas:

➔ Escola de Educação de Estimulação e Desenvolvimento – CEDAE: Faixa Etária: 0 a 5 anos e 11 meses. 

➔ Escola Luan Muller: Faixa Etária: de 06 a 15 anos e 11 meses. 

➔ Escola Terapêutica Vivenda: Faixa Etária: a partir de 16 anos, com atuação no EJA. 

➔ Escola Integração e Treinamento do Adulto – CITA: Faixa Etária: acima de 16 anos, com atuação no EJA. 

➔ Escola Agrícola Henriette Morineau: Adultos e adolescentes a partir de 17 anos.

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