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Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla 2024: Escola Agrícola abre portas para estudantes no mercado de trabalho

Josicler Bezelin é um exemplo de dedicação e determinação, destacando-se em seu ambiente profissional.
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Eduarda Zeglin
Jornalista, Assistente de Comunicação, Marketing e Eventos
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‘’Me sinto muito bem e acolhida, meu patrão me trata muito bem, lá é a minha segunda casa’’. Josicler Belzelin - Foto: Caroline Kuckla

Falar sobre a inclusão no mercado de trabalho para pessoas com deficiência é crucial, pois essas pessoas enfrentam desafios significativos em relação às oportunidades oferecidas. É fundamental que as empresas assumam um papel ativo nesse processo, proporcionando ambientes inclusivos onde todos possam não apenas trabalhar, mas também crescer e ser valorizados pelo seu potencial e habilidades.  

Iniciativas de inclusão não se limitam apenas a cumprir cotas, mas sim a criar boas condições para que pessoas com deficiência possam contribuir plenamente com suas capacidades. Isso envolve desde adaptações físicas e tecnológicas no ambiente de trabalho até políticas de recrutamento e desenvolvimento que reconheçam e valorizem a diversidade. 

Na Apae Curitiba as iniciativas são implementadas para garantir que essas pessoas encontrem oportunidades dignas e sejam valorizadas. Um exemplo notável dessa mudança positiva pode ser visto na história da aluna Josicler da Apae Curitiba que, graças à educação e ao apoio da Escola Agrícola, conseguiu uma posição na Federação das APAEs.

Josicler Bezelin, é um exemplo de como a dedicação e o suporte adequado podem transformar vidas.Trabalhando no setor administrativo, ela desempenha suas funções com competência e entusiasmo, mostrando que as pessoas com deficiência podem e devem ter acesso a posições de destaque no mercado de trabalho.

A inserção de Josicler no mercado de trabalho não só transforma sua vida pessoal, proporcionando independência financeira e autoestima, mas também serve de exemplo para a sociedade. Sua trajetória demonstra a importância de oferecer oportunidades adequadas e de investir na formação inclusiva.

‘’Me sinto muito bem e acolhida, meu patrão me trata muito bem, lá é a minha segunda casa’’, relatou. Mesmo com dificuldades, Josicler aprendeu muito com o estágio oferecido, lá ela exerce diversas funções, dentre elas como atendente. 

‘’É bom trabalhar porque a gente tem o nosso dinheirinho pra comprar o que a gente precisa. Os alunos que têm a oportunidade de trabalhar devem trabalhar, é muito bom, eu gosto’’, comentou. 

O Papel da Escola Agrícola na inclusão do mercado de trabalho

A Escola Agrícola tem desempenhado um papel crucial na formação não só de Josicler, mas de todos os estudantes. Com um currículo adaptado e inclusivo, a instituição oferece aos alunos com deficiência a chance de aprender habilidades práticas e teóricas em diversas áreas. Além disso, a escola promove a autonomia e a independência, preparando seus alunos para os desafios do mercado de trabalho. Com unidades ocupacionais, os estudantes conseguem aprender alguns conteúdos relacionados a postura, ética e até mesmo de como se comportar em uma entrevista.

‘’O nosso objetivo maior é o pertencimento do aluno, que ele se sinta capaz e que ele possa desempenhar a sua função’’, disse Mocochinski. 

Mauro Mocochinski, diretor da escola, destaca que a instituição está sempre aberta à inovação para preparar seus alunos para o mercado de trabalho. No ano passado, a escola recebeu a ASID, que introduziu atividades e abordagens significativas para a inclusão profissional. A ASID é reconhecida como uma iniciativa colaborativa que desenvolve e implementa metodologias de impacto social, promovendo a inclusão de pessoas com deficiência.   

As empresas também podem entrar em contato com a escola solicitando o perfil desejado, caso haja o perfil do aluno, a escola iniciará os primeiros contatos para efetivar a contratação, realizando entrevistas, encaminhamentos e conversas com as famílias, assim, possibilitando a inclusão dos alunos no mercado de trabalho.

É importante destacar que, de acordo com a Lei de Cotas (nº 8.213/91) faz valer os direitos das pessoas com deficiência, sendo um marco legal no Brasil que estabelece a obrigatoriedade das empresas com mais de 100 funcionários a preencherem um percentual mínimo de seus cargos com pessoas com deficiência. 

De acordo com a legislação, as empresas devem destinar de 2% a 5% das vagas de trabalho. Essas vagas devem ser distribuídas entre os diferentes setores e níveis hierárquicos da organização, levando em consideração a capacidade e qualificação dos candidatos com deficiência.

Para saber tudo sobre Deficiência Intelectual, Síndromes e Transtornos, siga a Apae Curitiba no Facebook e Instagram.

A Escola Agrícola Henriette Morineau

A Escola Agrícola Henriette Morineau está localizada na Rua Orlando Peruci, 1472, Butiatuvinha – Santa Felicidade -, em Curitiba. Proporciona aos estudantes, serviço social e atendimentos de neurologia, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição e terapia ocupacional.

Assim como toda Apae, atende pessoas com deficiência intelectual ou múltipla. Seu público alvo envolve adolescentes e adultos a partir de 17 anos, com deficiência intelectual moderada e leve. Busca desenvolver a educação de jovens e adultos e profissionalização em cursos, a partir do limite da deficiência. Conheça a escola clicando AQUI

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