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Hoje cerca de 13 milhões de brasileiros têm diagnósticos de doenças raras, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estima-se que existam entre 6 mil a 8 mil tipos diferentes em todo o mundo, de acordo com o Ministério da Saúde.
As doenças raras são crônicas e progressivas, as quais afetam a qualidade de vida dos pacientes. Muitas delas não têm cura, mas é necessário que haja o acompanhamento de um profissional e se faça um tratamento com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, neurologistas entre outras áreas para que assim possam ter os sintomas reduzidos e convivam melhor com a doença.
Os dados apontados pelo Ministério da Saúde dizem que 80% delas decorrem de fatores genéticos, as demais podem ser de causas ambientais, infecciosas, imunológicas, entre outras. Dentre essa realidade, a síndrome de Smith-Magenis (SMS) é uma das doenças raras genéticas caracterizada por um déficit cognitivo de grau variável.
A Smith-Magenis também conhecida como síndrome da deleção 17p11.2, provoca distúrbios do sono, atraso no desenvolvimento, infecções crônicas do ouvido e comportamentos autoagressivos.
De acordo com uma entrevista feita pelo portal da Apae de Mauá, o médico geneticista, Daniel Carvalho, descreveu um pouco do seu trabalho e como acontece o diagnóstico.
Daniel reforça a importância do diagnóstico em que se pode “detectar por exames genéticos específicos”. Por meio de confirmação em exames, de dois até 10 anos há alguns sinais pelo corpo e na adolescência. Segundo ele, há necessidade de acompanhamento de um profissional de clínica especialista em tratar crianças com distúrbios do desenvolvimento. Além dessa contribuição, a família possui também o papel fundamental de estar junto à equipe de médicos.
O especialista indica alguns sinais característicos da doença como o movimento estereotipado e dificuldades para dormir. Dessa forma, a síndrome não é precisamente transmitida apenas entre os pacientes e não seria hereditária, explica Carvalho.
– As características craniofaciais incluem braquicefalia, região frontal do crânio proeminente;
– Rosto largo e quadrado com ponte nasal achatada;
– Anomalias dentárias;
– Baixa estatura, sendo mais comum nos jovens;
– Limitações na amplitude das articulações do antebraço e cotovelo, anomalias vertebrais;
– O excesso de peso e / ou obesidade nos adolescentes e nos adultos;
– 60% dos pacientes são surdos e ela é variável e pode ser ligeira a moderada, o mesmo percentual aponta a miopia como uma das características, anomalias da íris e raramente, descolamento da retina;
– Apresentam atraso na fala, diminuição da sensibilidade à dor;
– Malformações dos órgãos, incluindo anomalias cardíacas, renais, do trato urinário e do sistema nervoso central.
O diagnóstico é feito por meio de um exame de sangue genético, chamado FISH (hibridização fluorescente in situ), que deve ser solicitado quando a criança apresenta atraso no desenvolvimento, especialmente quando associado a outros comportamentos característicos da síndrome.
O tratamento pode incluir o uso de psicotrópicos destinados a aumentar a atenção, diminuir a hiperatividade e estabilizar o comportamento e tratamento para os distúrbios do sono. É necessário o acompanhamento de um neurologista em casos de convulsão, além de outros profissionais, os quais prestam apoio familiar, além de aconselhamento psicossocial.
A Apae de Curitiba precisa da sua ajuda. Hoje a instituição atende quase 500 estudantes em cinco escolas, oferecendo saúde e assistência social. São realizados, em média, 50 mil atendimentos terapêuticos por ano e 3,5 mil por dia. Por ser uma instituição sem fins lucrativos precisa de apoio da sociedade. O ambiente precisa de reformas e para isso, que tal doar para a Apae Curitiba e apoiar a causa da pessoa com deficiência intelectual ou múltipla? É muito fácil, clique AQUI e saiba mais.
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