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Alunos da Escola Luan Muller recebem dia de beleza 

Voluntários ajudam no corte de cabelo, e professores fazem unha e maquiagem.
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Eduarda Zeglin
Jornalista, Assistente de Comunicação, Marketing e Eventos
Publicado em

Mais do que cuidar da aparência, oferecer momentos de autoestima aos estudantes é um gesto de carinho, valorização e incentivo à autonomia. Na Escola Luan Muller, essa ação tem se repetido há alguns anos, graças ao apoio de pessoas comprometidas em fazer o bem. Na última terça-feira (12), professores, colaboradores e voluntários se reuniram para transformar o dia dos alunos com gestos de cuidado. 

A pedagoga Iara de Lima ressalta que o Dia da Beleza vai muito além da estética: é uma oportunidade de promover autoestima, higiene e desenvolvimento pessoal entre os alunos. Ela explica que o envolvimento com a atividade cresce conforme os estudantes observam os colegas participando e se cuidando. 

“A importância está na vaidade, na autoestima, no bem-estar que eles sentem com a própria aparência. Eles gostam muito, às vezes até têm um pouco de resistência no começo, mas quando veem o coleguinha passando um spray ou um gelzinho no cabelo, logo querem participar também. É um momento de autocuidado, de valorização pessoal. Desde que entrei na escola, há mais de oito anos, essas ações já fazem parte da nossa rotina.”

A professora Andreia Cristina dos Santos participou da ação como manicure. Com experiência na educação infantil, ela destacou a importância de vivências como essa, que vão além da sala de aula e fortalecem o vínculo com os estudantes.

“É uma alegria poder contribuir, porque a gente percebe que as crianças apreciam esse momento de autocuidado. Hoje estou de manicure, então deixo as meninas escolherem a cor que querem. Separei esmaltes com glitter, rosa, azul, pink… Elas estão se divertindo. A gente lixa, pinta, faz adesivo, florzinha e tudo isso desperta autonomia e alegria. Para mim, é muito gratificante ver esse desenvolvimento.”

Além das professoras, os voluntários são peças fundamentais para que esse momento de cuidado se torne realidade. Pela primeira vez como voluntárias na escola, Larissa Eduarda e Débora Bogado trouxeram seu talento para contribuir com o bem-estar das alunas. Débora, que é cabeleireira há mais de 20 anos, falou sobre o significado desse trabalho para ela. 

Eu vim de Campo Grande (MS), e lá já realizava ações sociais como essa. Acho muito importante entregar um pouquinho do nosso trabalho para melhorar o dia dessas crianças. Me sinto muito bem fazendo isso, gosto de ajudar e colaborar sempre que posso.”

Larissa e Débora atuaram no corte de cabelo e nos penteados, deixando as meninas ainda mais felizes com o resultado. Quem também colaborou nessa etapa foi a voluntária Milena Klock de Lima, que participou com as turmas da tarde e se disse encantada e grata por fazer parte de um momento tão especial.

‘’Eu estou indo embora bem feliz e pretendo voltar. Minhas amigas estiveram aqui de manhã e também saíram bem satisfeitas e é um trabalho que gratifica a alma. Eu percebi que as crianças também são muito receptivas. Elas estavam bem felizes e é nítido vendo o sorriso delas, a gratidão e a felicidade que elas estavam’’, ressaltou Milena. 

Os meninos também tiveram um momento especial de cuidado. Renan Bernardino, voluntário há quatro anos, retornou à escola para cortar os cabelos das crianças ao lado de Alisson Grabaske, que foi apresentado ao trabalho voluntário por Renan e segue engajado desde então.

“A gente vem aqui há mais de quatro anos, e é uma felicidade imensa ver o rostinho alegre deles. Não tem preço ver esses momentos de felicidade e poder ir embora com o coração cheio,” destacou Grabaske. O sentimento também foi compartilhado por Renan, que reforçou o impacto dessa vivência para os voluntários:

“É uma sensação que nem dá para explicar, até comentei isso com o Alisson no caminho. A gente fica muito feliz em ver essas crianças sorrindo. É algo tão simples para nós, mas que faz muita diferença para eles. Nós doamos a nossa profissão com o coração, sem custo nenhum. Mas, para a gente, isso tem um valor imensurável”, disse Bernardino.

A Apae Curitiba destaca a importância de ações como essa, que podem parecer simples, mas que têm um grande impacto no fortalecimento da autoestima e na promoção da autonomia das crianças. A instituição agradece à Escola Luan Muller, que mantém o compromisso com o bem-estar e o desenvolvimento integral de seus estudantes, e também aos voluntários, cuja dedicação tornou esse momento especial possível.

Para saber tudo sobre Deficiência Intelectual, Síndromes e Transtornos, siga a Apae Curitiba no Facebook e Instagram

A Escola Luan Muller

A Escola Luan Muller, atende o Ensino Fundamental na Modalidade Educação Especial, na faixa etária de 6 a 15 anos com deficiência intelectual e múltiplas. No espaço educacional, o trabalho é voltado aos atendimentos pedagógicos nas áreas de conhecimento do ensino fundamental como língua portuguesa, matemática, ciências, história, geografia, ensino religioso, educação física, arte, informática, educação ambiental e atividades recreativas pedagógicas, priorizando a alfabetização. Conheça a escola clicando AQUI.

Endereço: Rua Prof. João Argemiro Loyola, 220 – Seminário, Curitiba–PR

Contato: (41) 3244-9166

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