Apae arrecada mais de 600 kg de alimentos na Expo Maratona de Curitiba
Evento antecedeu a Maratona, que reuniu mais de 13 mil atletas no último domingo (17), com provas de 42 km, 21 km, 10 km e 5 km.
Muitos estudos na área da medicina têm buscado respostas em função da hereditariedade no Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas nada foi comprovado cientificamente de que a síndrome se dá através dos genes, seja do pai ou da mãe. É possível encontrar pesquisas antigas que mostram a existência de outros motivos que podem levar a causa da incidência do transtorno.
Conforme o site Instituto Neuro Saber, um estudo publicado pelo The Journal of The American Medical Association (JAMA), revelou que a hereditariedade explica apenas metade das causas do autismo. A pesquisa divulgada baseou-se em um levantamento feito com aproximadamente dois milhões de crianças nascidas na Suécia, entre 1982 e 2006.
Segundo a psicóloga das Casas Lar da Apae Curitiba, Laura Cutrim, o autismo tem uma base genética em aproximadamente 70% dos casos, ou seja, 30% não tem relação com a hereditariedade de algum gene, e sim, de alterações espontâneas. Cutrim reforça que não existe uma causa específica para o transtorno, mas uma delas pode vir da presença de um marcador genético que possibilita ao indivíduo ter uma propensão a um tipo de transtorno ou síndrome. Muitas vezes eles são acionados por questões ambientais, mas não se sabe quais são os fatores que podem fazer com que esse marcador atue.
Outro ponto levantado foi a probabilidade de algum indivíduo com TEA na família aumentar a chance de um casal gerar uma criança com a mesma condição. A profissional explica que os genes são transmitidos pelo material genético dos pais, então quando um dos genitores apresenta o quadro, há grandes chances da manifestação dos filhos. Ela também ressalta que mesmo se o pai ou a mãe tiverem um quadro leve de autismo, isso não descarta a possibilidade de que a manifestação ocorra da mesma forma.
Estudos relacionados à idade da mãe, levantam hipóteses sobre a relação com espectro. Laura explica que a idade da mulher faz diferença quando se gera uma criança. Pelo fato do envelhecimento do óvulo. ‘’As mulheres têm uma quantidade de óvulos que ficam armazenados, isso é o que representa o ciclo reprodutivo, entende-se que quanto mais tarde for fecundado, mais tempo o óvulo tem, e isso pode causar impactos, como, por exemplo, aumentar o risco para deficiências e síndromes do feto,’’ diz.
Também não é possível saber se a prematuridade desencadeia o Transtorno do Espectro Autista, mas não se descarta a hipótese desse fator aumentar as chances de dificuldade no desenvolvimento da criança.
Em uma matéria divulgada pelo portal Tismoo, rede social dedicada ao autismo, a cientista Graciela Pignatari diz que “apesar de vários questionamentos acerca da importância dos exames genéticos no autismo, o que estamos cada dia observando mais é a genética ser um fator muito relevante e que a herdabilidade é prevalente, embora a realização dos exames genéticos dos pais ainda seja pouco realizada”.
É necessário reforçar a importância de exames genéticos especializados para autistas, pois só assim será possível ajudar cada vez mais nos estudos e entender as causas que levam ao espectro.
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