Quando falamos sobre qualidade de vida para pessoas com deficiência intelectual, podemos destacar a fisioterapia como um dos elementos principais para obter resultados. O fisioterapeuta Lucas Cunha que atua na Apae Curitiba, aponta que ela auxilia de diversas maneiras, trazendo mais autonomia, além de atuar na parte psicomotora e nas disfunções neuromusculares.
Para cada paciente deve-se trabalhar com instrumentos específicos que atendam a individualidade de cada um. O profissional dá alguns exemplos de pacientes, onde apresentam dificuldade de coordenação motora, por exemplo, diante deste cenário é importante trabalhar a psicomotricidade, (uma concepção que inclui as interações cognitivas, sensoriomotoras e psíquicas na compreensão das capacidades de ser e de se expressar). Em casos onde há um paciente com dificuldade de foco, será trabalhado exercícios que precisam de mais atenção e destreza como, por exemplo, passar fios em pequenos buracos.
Materiais como bolas suíças, rolo, malhas, além de métodos como o Bobath, um dos procedimentos mais utilizados no atendimento fisioterapêutico de pessoas com problemas neurológicos e o Parapodium, equipamento utilizado para auxiliar a criança na manutenção da postura em pé, também são exemplos.
Todos esses recursos possibilitam o ganho de equilíbrio, força, autoconfiança, elevação da autoestima, além de ser fundamental no aspecto social, estimulando o convívio e, ao mesmo tempo, previne enfermidades secundárias à deficiência.
Se tratando da fisioterapia no meio multidisciplinar, o profissional diz que é comum haver grupos variados de crianças, é necessário trabalhar os aspectos sociais das capacidades físicas. ‘’Podemos trabalhar juntamente com os professores de educação especial e auxiliares, professores de educação física e pais, para fornecer ferramentas para a construção de habilidades sociais e físicas.’’ Diz.
Contribuir para a evolução do paciente em suas tarefas do dia a dia é um dos obstáculos a serem enfrentados, Lucas ressalta que o maior desafio é poder entregar uma boa condição de vida aos pacientes. ‘’Nosso foco é dar a eles autonomia nas suas atividades diárias e segurança em suas ações. Todos os dias tenho muito o que levar de lição para casa. A gratidão dos pacientes ao verem suas evoluções diárias não têm preço e fazem nosso trabalho ser muito gratificante.’’ Complementa.