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Festival Fanfarra Apae e Amigos 2024: música e inclusão movem o público em São José dos Pinhais

O evento reuniu diversas bandas e fanfarras, promovendo um espetáculo de inclusão e celebração da diversidade musical.
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Paulo Fortunato
Jornalista, Gerente de Comunicação, Markentig e Eventos
Publicado em

No último sábado (25), o Colégio Estadual Zilda Arns Neumann, em São José dos Pinhais, foi palco do Festival Fanfarra Apae e Amigos 2024. O evento, que celebrou a música e a inclusão, reuniu diversas bandas e fanfarras, encantando o público com apresentações únicas e emocionantes.

Entre as atrações, destacaram-se a Fanfarra Getuliana, a Banda Marcial dos Cetianos, a Fanfarra Fasa, o Instituto de Música e Artes (Ima), e a Fanfarra da Apae de Mafra. Cada grupo trouxe seu próprio estilo e energia, mostrando a diversidade e o talento das formações musicais. Mais de 400 pessoas prestigiaram o festival, que foi marcado por um clima de alegria e integração social.

Edgar Carl Neto, maestro e musicista, ressaltou a importância de eventos como este. “Para mim, é tirar as crianças da rua, trazer a cultura para o nosso país e fazer com que as crianças amadureçam a criatividade. Não deixá-las apenas no celular ou no computador, mas viver experiências, viajar, conhecer novos lugares, fazer novas amizades. A música é isso: é sentimento, é importante para desenvolver a pessoa tanto no sentimento quanto psicologicamente e emocionalmente. Às vezes, a pessoa não demonstra talento em qualquer coisa na vida, mas chega na música e floresce. Esse é o nosso trabalho: florescer talentos para que elas possam se descobrir e se reinventar através da música”, afirmou.

Michele Lourenço, maestrina da Fanfarra da Apae de Mafra em Santa Catarina, que está à frente do projeto há 13 anos, compartilhou sua emoção ao participar do evento. “Eu fico bem emocionada, foi maravilhoso. Tivemos algumas falhas, mas acredito que é normal. Estamos muito felizes e queremos agradecer, em nome de todos os nossos alunos, e dizer que foi maravilhoso”, contou.

Josimar, que está em seu último ano na Apae de Mafra e fez sua última apresentação na fanfarra, contou sobre sua experiência. “Fiquei muito nervoso no começo, mas depois a apresentação fluiu. Foi muito legal e eu gostei muito de estar aqui. Quero voltar mais vezes, com certeza”, declarou com entusiasmo.

Célia Mozer, maestrina da Fanfarra da Apae Curitiba, falou sobre a importância dos atendidos participarem de eventos como esse. “Eles conseguem ver e sentir as diferentes musicalidades, batidas e ritmos presentes nas demais bandas e fanfarras. Eles necessitam ver esse diferencial que cada banda tem. Cada banda tem uma peculiaridade. Não importa o tipo de corpo, o ritmo ou a melodia que conseguem executar. Se não conseguem dançar, vão tocar; se não conseguem tocar, vão segurar uma bandeira. Incluir é dar oportunidade para fazer aquilo que conseguem fazer, e essa interação é única”, disse a maestrina.

O Festival Fanfarra Apae e Amigos 2024 demonstrou o poder transformador da música e da inclusão. Com apresentações emocionantes e uma grande participação do público, o evento celebrou a diversidade e o talento dos músicos envolvidos. A alegria e a união que marcaram este encontro são um testemunho da força da comunidade e do impacto positivo que eventos como este têm na vida de todos os participantes.

Para saber tudo sobre Deficiência Intelectual, Síndromes e Transtornos, siga a Apae Curitiba no Facebook e Instagram.

A Fanfarra da Apae Curitiba

A Fanfarra da Apae Curitiba é um grupo de estudantes com deficiência intelectual e/ou múltipla que se reúne para tocar instrumentos melódicos e de percussão no ambiente escolar da instituição de Santa Felicidade. Atualmente, o conjunto é formado por 50 integrantes, sendo 8 funcionários, 37 estudantes e 5 substitutos. Estes se apresentam em eventos em Curitiba, Região Metropolitana e em Campeonatos Estaduais e Interestaduais de Bandas e Fanfarras. 

Célia Mozer desempenha o papel de regente na Fanfarra, participando ativamente na orientação do grupo para que adquiram as primeiras noções do contexto musical, abordando aspectos rítmicos e melódicos como compasso de tempo, solfejo melódico e rítmico e proporcionar o senso de cooperação, respeito à disciplina e inclusão social. O objetivo é desempenhar novas tarefas e buscar incluir estudantes com outras habilidades artísticas. 

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