Estereotipias do Transtorno do Espectro Autista

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Estereotipias do Transtorno do Espectro Autista

Entenda o que são estereotipias e por que elas se manifestam em pessoas com autismo.
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Lorena Motter Kikuti
Jornalista, Assistente de Comunicação, Marketing e Eventos
Publicado em

As estereotipias são movimentos motores repetitivos e ritualísticos frequentemente observados em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

Quando uma pessoa com autismo experimenta uma súbita onda de emoções, essa energia precisa ser liberada. Nesse sentido, a estereotipia proporciona uma maneira de canalizar essa energia, permitindo que a pessoa continue funcionando adequadamente no ambiente em que se encontra. 

Exemplos visíveis desses comportamentos incluem bater palmas, fazer movimentos repetitivos com as pernas, girar objetos ou o próprio corpo, pular, andar na ponta dos pés, balançar o tronco para frente e para trás, agitar ou esfregar as mãos, e repetir sons. É importante ressaltar que as estereotipias não são exclusivas de pessoas autistas.

De acordo com o portal Autismo em Dia, esses movimentos ajudam na autorregulação em várias situações, podendo surgir em resposta a sobrecarga sensorial, como ambientes barulhentos, ou a pensamentos intensos, como ansiedade relacionada à escola. No entanto, as estereotipias não estão limitadas a situações negativas; geralmente estão ligadas a emoções, sejam elas positivas ou negativas. Por exemplo, algumas pessoas podem saltar repetidamente devido a uma emoção intensamente positiva.

Embora as estereotipias possam ter aspectos positivos na regulação emocional, segundo informações do Autismo em Dia, algumas pessoas com autismo podem desenvolver estereotipias que representam riscos. Em casos extremos, esses comportamentos repetitivos podem levar à automutilação, como uma criança que bate repetidamente a cabeça na parede quando está nervosa. Nestas circunstâncias, é crucial um acompanhamento médico e psicológico para eliminar esses comportamentos. No entanto, fora essas situações, as estereotipias não devem ser reprimidas. 

A Apae Curitiba oferece há mais de 60 anos ensino e atendimento especializado para pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla, incluindo indivíduos com TEA. A instituição realiza acompanhamentos de saúde e desenvolvimento, como serviços de psicologia, visando alcançar o bem-estar e o máximo potencial dos alunos.

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