O Boticário e Apae Curitiba promovem ação de autocuidado em homenagem ao mês da mulher
A cerimônia incluiu palestras inspiradoras sobre autocuidado e autoestima, além da entrega de kits de beleza às mães dos alunos e colaboradores.
Distúrbios comportamentais podem acometer não só adultos como uma grande parcela de crianças. Essas condições podem impactar diversas áreas do desenvolvimento, inclusive o processo de aprendizagem. De acordo com uma pesquisa conduzida pela Associação Americana de Psiquiatria (APA), a dispraxia afeta aproximadamente 5 a 6% das crianças, com uma incidência quatro vezes maior entre as meninas.
A Dispraxia é determinada por um transtorno neurológico de desenvolvimento na coordenação motora que implica em dificuldades na ação de movimentos planejados, não necessariamente relacionado a déficit cognitivo. Mas pode aparecer em pessoas com deficiência intelectual.
Os sintomas desse distúrbio são variados, normalmente estão ligados ao aspecto espacial, verbal e motor. Manifestam-se em dificuldades de realizar movimentos voluntários, lentidão e desalinhamento em tarefas que exigem coordenação motora, complexidades com a orientação espacial, complicações ao falar e desorganização mental.
O transtorno afeta o desenvolvimento, em especial, sua formação escolar, pois a criança enfrenta empecilhos ao praticar algumas atividades pedagógicas, tais como segurar uma caneta, traçar uma linha com uma régua, entre outras tarefas que envolvem coordenação motora.
Além disso, a criança com dispraxia lida com limitações em suas interações sociais, já que não acompanha os outros pequenos em brincadeiras comuns à infância, como pega-pega, jogar bola, entre outros.
O Dr. Edson Piana, neurologista da Apae Curitiba, explica que as dispraxias podem ocorrer e estar correlacionadas com alterações estruturais encefálicas. Ainda, pode estar relacionada ao abuso materno de álcool e drogas durante a gestação e amamentação; nascimento prematuro, baixo peso ao nascer e Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) também.
Dessa forma, muitas pessoas confundem a Dispraxia com a Apraxia, que também é um transtorno relacionado a deformações na estrutura do cérebro. Por isso, o médico esclarece: “Alguns autores separam o termo Apraxia e Dispraxia. Na Apraxia a dificuldade é adquirida com etiologias que podem ser infecciosas, vasculares, tumorais, genéticas que ocorrem na estrutura já formada após o nascimento. A Dispraxia é associada com alterações que ocorrem no desenvolvimento do encéfalo, na sua formação estrutural considerando o número de neurônios, sua conformação espacial e suas ligações, às sinapses, com os outros neurônios. No desenvolvimento do encéfalo temos um complexo sistema de sinalizações para a correta formação da estrutura do encéfalo”, esclarece. Ou seja, apraxia é adquirida e a dispraxia é inata, ou seja, o indivíduo já nasce com ela.
O transtorno Apraxia/Dispraxia pode afetar a criança e a família. Isso porque, além das dificuldades do distúrbio, os pais podem ter dificuldade para obter o diagnóstico adequado, que envolve profissionais especializados e cujo resultado pode ser custos financeiros elevados e desgaste emocional para todos.
Conforme o Dr. Edson, “na criança pode desencadear irritabilidade, aborrecimentos, isolamento, dificultar a aprendizagem, a autoestima e seu desenvolvimento neuropsicomotor. Pode levá-la a evitar atividades de lazer, em jogos coletivos e em atividades sociais na escola, na família e na comunidade, podendo levar até mesmo ao “Bullying”’’.
O diagnóstico traz direcionamento para o tratamento da criança. Dentro dos desafios estão o envolvimento, a empatia, a sensibilidade e o esforço coletivo dos familiares, amigos, professores e terapeutas, para acolhimento e tratamento da criança, resultando em mais autonomia e independência dela.
Para tratar a dispraxia, é realizada uma avaliação individualizada, pois cada paciente é único nas suas características e apresentação da patologia. A intervenção é determinada pelos terapeutas das áreas de terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia.
“Não há cura para a Apraxia/Dispraxia, mas diferentes tipos de terapias podem ajudar crianças e adultos a melhorar suas habilidades motoras e de coordenação. Como a Apraxia/Dispraxia afeta cada pessoa de forma diferente, o paciente beneficiar-se-á com plano de tratamento individualizado para gerir as suas dificuldades e melhorar a sua confiança”, afirmou o especialista.
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A Apae Curitiba conta com três centros terapêuticos que oferecem atendimentos à saúde gratuitos às pessoas com deficiência intelectual ou múltipla. A instituição é mantenedora de cinco escolas especializadas localizadas em Santa Felicidade, Batel e Seminário, em Curitiba. Confira nossas escolas:
➔ Escola de Educação de Estimulação e Desenvolvimento – CEDAE: Faixa Etária: 0 a 5 anos e 11 meses.
➔ Escola Luan Muller: Faixa Etária: de 06 a 15 anos e 11 meses.
➔ Escola Terapêutica Vivenda: Faixa Etária: a partir de 16 anos, com atuação no EJA.
➔ Escola Integração e Treinamento do Adulto – CITA: Faixa Etária: acima de 16 anos, com atuação no EJA.
➔ Escola Agrícola Henriette Morineau: Adultos e adolescentes a partir de 17 anos.
A cerimônia incluiu palestras inspiradoras sobre autocuidado e autoestima, além da entrega de kits de beleza às mães dos alunos e colaboradores.
A autodefensora da Apae Curitiba, Gortiana Vilalba, e a assistente social das Residências Inclusivas, Rosilei Pivovar, realizaram uma fala de conscientização durante o evento.
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