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Condições genéticas que parecem autismo mas não são

Conheça a síndrome do X Frágil e síndrome de Rett, duas condições genéticas cujos sintomas podem ser confundidos com autismo, mas que provêm de causas completamente distintas.
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Lorena Motter Kikuti
Estagiária de Jornalismo
Publicado em

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na comunicação social, interesses restritos e comportamentos repetitivos que, em geral, se manifestam na infância. No entanto, existem outras condições que podem ser confundidas com o autismo, mas são distintas. O médico geneticista Willian Santos explica algumas delas e suas principais características:

  • Síndrome do X Frágil: Uma condição genética que afeta predominantemente meninos. Esses pacientes podem apresentar traços físicos, como orelhas grandes e características faciais diferenciadas. Segundo o médico, aproximadamente 70% dos indivíduos com essa síndrome tendem aos critérios diagnósticos para o autismo, o que frequentemente leva a confusões diagnósticas.
  • Síndrome de Rett: Causada por mutações no gene MECP2 (gene responsável por produzir uma proteína que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e funcionamento do cérebro), essa condição afeta principalmente meninas. O desenvolvimento inicial é normal, mas, entre os 6 e 18 meses de vida, ocorre uma regressão nas habilidades motoras e de comunicação. Essa perda de funções muitas vezes leva ao diagnóstico equivocado de autismo.

O Dr. Willian Santos afirma que “essas condições são frequentemente confundidas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) porque compartilham sintomas comuns, como dificuldades na comunicação, comportamento repetitivo e problemas nas interações sociais. Além disso, algumas dessas síndromes podem apresentar atraso no desenvolvimento ou até regressão de habilidades adquiridas, o que também é observado em casos de autismo”. Ele destaca a importância de um diagnóstico preciso, para garantir que cada condição receba o tratamento mais adequado.

Por que é difícil obter o diagnóstico de autismo?

A dificuldade em diagnosticar o autismo muitas vezes está na sobreposição de sintomas com outras condições neurológicas e psiquiátricas, o que pode gerar confusão quanto à causa dos sintomas. Além disso, a variabilidade de manifestações do TEA em cada pessoa contribui para o desafio do diagnóstico.

Willian Santos alerta que, embora o uso de instrumentos diagnósticos como o ADOS (Agenda de Observação para Diagnóstico de Autismo) e o ADI-R (Entrevista Diagnóstica para Autismo Revisada) seja essencial para identificar traços de autismo, esses testes podem não ser suficientes por si só. “Muitas vezes, é necessário um diagnóstico diferencial mais aprofundado, que inclua uma investigação genética e uma abordagem multidisciplinar para distinguir corretamente entre autismo e outras condições que compartilham sintomas similares”, ressalta. Isso reforça a importância de uma avaliação cuidadosa e personalizada.

Tratamento

Assim como no caso do TEA, outras síndromes e transtornos também exigem um tratamento que seja acompanhado por terapias e uma equipe multidisciplinar.

Na Apae Curitiba, o atendimento a pessoas com diagnósticos complexos, como a Síndrome de Rett e o autismo, é realizado de forma integrada e colaborativa. A instituição oferece uma variedade de serviços especializados, incluindo terapias ocupacionais, fonoaudiologia e suporte psicológico.

Além disso, a Apae Curitiba se dedica a aumentar a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e preciso, assegurando que cada criança receba o tratamento adequado às suas necessidades específicas. 

Para saber tudo sobre Deficiência Intelectual, Síndromes e Transtornos, siga a Apae Curitiba no Facebook e Instagram

A Apae Curitiba

A Apae Curitiba conta com três centros terapêuticos que oferecem atendimentos à saúde gratuitos às pessoas com deficiência intelectual ou múltipla. A instituição é mantenedora de cinco escolas especializadas localizadas em Santa Felicidade, Batel e Seminário, em Curitiba. Confira nossas escolas:

➔ Escola de Educação de Estimulação e Desenvolvimento – CEDAE: Faixa Etária: 0 a 5 anos e 11 meses. 

➔ Escola Luan Muller: Faixa Etária: de 06 a 15 anos e 11 meses. 

➔ Escola Terapêutica Vivenda: Faixa Etária: a partir de 16 anos, com atuação no EJA. 

➔ Escola Integração e Treinamento do Adulto – CITA: Faixa Etária: acima de 16 anos, com atuação no EJA. 

➔ Escola Agrícola Henriette Morineau: Adultos e adolescentes a partir de 17 anos.

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