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Cardiopatia congênita e síndrome de Down

Desafios e cuidados necessários.
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Eduarda Zeglin
Jornalista, Assistente de Comunicação, Marketing e Eventos
Publicado em

A cardiopatia congênita é uma anomalia que afeta a estrutura do coração desde o nascimento, podendo causar alterações no fluxo sanguíneo e comprometendo o funcionamento do órgão. Quando associada à Síndrome de Down, a incidência da doença é ainda maior. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cardiopatia congênita é a malformação mais comum em recém-nascidos, afetando cerca de 1% das crianças nascidas vivas.

A síndrome de Down é uma condição genética que afeta cerca de 1 em cada 700 nascimentos em todo o mundo, causada pela presença de uma cópia extra do cromossomo 21, o que leva a várias características físicas distintas, bem como deficiência intelectual em graus variáveis. Infelizmente, a síndrome de Down também está associada a um maior risco de várias condições médicas, incluindo problemas cardíacos congênitos.

O termo cardiopatia congênita é usado para descrever qualquer tipo de problema cardíaco que está presente desde o nascimento. Cerca de 50% das pessoas com síndrome de Down apresentam algum tipo de problema cardíaco congênito, o que significa que esses indivíduos têm um risco muito maior de desenvolver problemas no coração do que a população em geral.

Algumas das condições cardíacas congênitas mais comuns em pessoas com síndrome de Down incluem defeito do septo atrial, defeito do septo ventricular, tetralogia de Fallot e canal atrioventricular completo. Cada uma dessas condições envolve uma anormalidade específica no coração, que pode afetar a maneira como o sangue flui através do coração e dos pulmões.

A presença da cardiopatia congênita em uma pessoa com Síndrome de Down pode trazer diversos riscos e complicações. Além de comprometer o funcionamento do coração, a cardiopatia pode causar problemas respiratórios, alterações no desenvolvimento físico e cognitivo, além de aumentar a suscetibilidade a infecções.

O tratamento para a cardiopatia congênita em pessoas com síndrome de Down é geralmente semelhante ao tratamento para outras pessoas com problemas cardíacos congênitos. Dependendo da gravidade do problema, pode ser necessário um tratamento médico imediato, com medicamentos para ajudar a controlar a pressão arterial ou a frequência cardíaca. Em casos mais graves, pode ser necessária uma cirurgia cardíaca ou outro procedimento invasivo.

Uma das principais preocupações em relação à cardiopatia congênita em pessoas com síndrome de Down é a possibilidade de complicações pós-cirúrgicas. Por possuírem um risco muito maior de complicações pós-cirúrgicas do que a população em geral, o que significa que as equipes médicas precisam estar preparadas para lidar com essas situações.

É importante que as pessoas com síndrome de Down que têm cardiopatia congênita recebam acompanhamento médico regular e cuidadoso. Isso pode incluir visitas frequentes ao cardiologista, exames regulares do coração e testes de monitoramento para detectar quaisquer mudanças na função cardíaca.

Com o tratamento adequado e acompanhamento médico, muitas pessoas com síndrome de Down que têm cardiopatia congênita podem levar vidas longas e saudáveis. No entanto, é importante que essas pessoas recebam atenção médica regular, a fim de minimizar o risco de complicações e maximizar sua saúde e bem-estar geral.

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