Apae Curitiba participa de audiência pública sobre mães atípicas na Câmara Municipal
Instituição integra programação da Semana de Conscientização sobre o Autismo com fala da coordenadora do setor terapêutico, Laura Tilly Cutrim.
Durante a Semana de Conscientização sobre o Autismo, a Câmara Municipal de Curitiba promoveu uma audiência pública sobre mães atípicas, realizada na última quinta-feira, (3). A Apae Curitiba foi convidada a participar do encontro, destacando a importância da data e suas ações voltadas à inclusão. A instituição foi representada pela coordenadora do setor terapêutico, Laura Tilly Cutrim, que levou aos parlamentares e à comunidade uma mensagem de sensibilização e apoio às famílias atípicas.
A audiência foi presidida pela vereadora Meri Martins, propositora e coautora do projeto de lei que institui o Programa Municipal de Apoio para Mães de Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A proposta, que aguarda tramitação na Câmara Municipal, visa garantir mais acolhimento e melhores condições de vida para essas famílias.
O vereador Pier Petruzziello também participou da audiência. Atuante na defesa dos direitos das pessoas com deficiência, especialmente da comunidade autista, ele destacou: ‘Nós só vamos mudar a realidade de mães, pais e famílias atípicas — não importa a síndrome, o transtorno ou a deficiência — se o poder público encarar esse tema com prioridade.”
Diante da participação de autoridades, profissionais da saúde e influenciadores, a psicóloga Laura Tilly Cutrim, trouxe à audiência pública o debate sobre a vulnerabilidade das mães atípicas. Ela também apresentou o trabalho realizado pela Apae por meio do acolhimento institucional, hoje uma das realidades e um dos pilares da atuação da associação.
O Clube de Mães também foi destacado dentro da temática da audiência. Afinal, a Apae Curitiba é uma instituição que reconhece e acolhe essas mulheres, oferecendo suporte mesmo diante de um processo que, muitas vezes, é difícil e desafiador. “Eu vejo que no Clube de Mães é uma segurando na mão da outra e dizendo: ‘Vai cuidar de você, vai procurar um médico’. Mesmo que a justificativa seja: ‘Sem você, não tem quem cuide do seu filho’”, relatou Laura.
Durante sua fala, Laura trouxe um relato impactante sobre os desafios enfrentados por mães atípicas, que muitas vezes se sentem sozinhas e esquecidas pela sociedade. Ela mencionou que, nos últimos dois ou três meses, surgiram notícias muito tristes, embora não relacionadas diretamente a Curitiba, vindas de estados como São Paulo e Minas Gerais, envolvendo mães que, diante de uma dor insuportável, cometeram suicídio e, em alguns casos, medicaram seus filhos com a intenção de que o mesmo acontecesse com elas.
Segundo Tilly, essas situações refletem a carga emocional e a desesperança diante do futuro. Ela reconheceu a seriedade da audiência pública e ressaltou a importância do espaço para que esse tipo de sofrimento não se repita em Curitiba: “Entendo a proposta desta mesa, com tanta seriedade, como uma oportunidade de trabalharmos para que isso não aconteça na nossa cidade”, afirmou.
A coordenadora encerrou sua participação agradecendo pelo espaço e reforçando a importância de iniciativas voltadas ao cuidado com essas mulheres: “Eu agradeço muito a oportunidade de estar aqui. É uma alegria poder ler esse projeto e entender que a gente tem, sim, um futuro que vai cuidar mais das mães, que vai transformar um futuro melhor para os filhos. E, assim, institucionalmente, também poder colaborar e deixar claro que a participação da Apae é de alguém que tem interesse em contribuir para o bem-estar e o futuro de todas as mães e de seus filhos”.
O debate ainda oportunizou a presença de falas de mães atípicas, como a de Bruna Massa. A psicóloga clínica esteve como oradora na sessão e trouxe seu relato como mãe do Noah com hidrocefalia severa. ‘’Quando a gente fala de maternidade atípica, tudo vai ao extremo. Emocionalmente, fisicamente, socialmente. Eu passei por medo, eu passei por culpa, eu fiquei perdida. Eu não sabia o que seria o futuro, mas eu tinha um sentimento do amor para o meu filho, e isso que me deu força para começar essa jornada’’, disse.
Ela comentou que a audiência é um espaço para a discussão não só de um projeto social, mas da saúde mental de uma sociedade, da dignidade para milhares de mulheres e de um investimento que vai repercutir diretamente a vida dos filhos.
Além de ampliar o debate, a participação na audiência foi uma oportunidade para troca de experiências. Presente no evento, o gerente institucional da Apae Curitiba, Eduardo Szpunar, destacou que espaços como esse são fundamentais tanto para compartilhar a vivência da instituição quanto para conhecer novas realidades:
“Todo espaço de discussão e troca é importante para a construção de políticas públicas. A Apae Curitiba tem muito a compartilhar com sua experiência, mas também aprende ao conhecer outras iniciativas que muitas vezes não chegam até nós. Estar presente nesses debates nos permite sair um pouquinho do âmbito da nossa organização e ver outras realidades’’.
Ampliar o debate e trazê-lo para as esferas públicas é fundamental para fortalecer redes de apoio e dar ainda mais visibilidade às mães que enfrentam desafios intensos e, muitas vezes, silenciosos. A participação da Apae Curitiba na audiência pública reforça o compromisso da instituição com a escuta, o acolhimento e a construção de políticas mais humanas e inclusivas para as famílias atípicas.
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Instituição integra programação da Semana de Conscientização sobre o Autismo com fala da coordenadora do setor terapêutico, Laura Tilly Cutrim.
A 6ª edição do evento reforçou a inclusão e o impacto social da instituição.
Encontro abordou unificação das escolas, engajamento nas redes sociais e participação ativa das famílias na instituição.
Escolas realizam atividades que reforçam a mensagem da campanha: “Informação gera empatia, empatia gera respeito”.
A cerimônia incluiu palestras inspiradoras sobre autocuidado e autoestima, além da entrega de kits de beleza às mães dos alunos e colaboradores.
A autodefensora da Apae Curitiba, Gortiana Vilalba, e a assistente social das Residências Inclusivas, Rosilei Pivovar, realizaram uma fala de conscientização durante o evento.
Os modelos de todas as fotos deste site são personagens reais. Agradecemos aos estudantes, familiares, profissionais e colaboradores da Apae Curitiba por fazerem parte da história da instituição.