TRE-PR oferece formação especializada para mesários com deficiência intelectual e autismo
Direcionada aos mesários curitibanos, a ação ocorre em dois turnos no auditório do edifício-sede do TRE-PR.
A atuação da fonoaudiologia é essencial para promover a saúde e prevenir, diagnosticar e tratar dificuldades ligadas à comunicação humana, abrangendo aspectos como fala, linguagem, audição, voz e deglutição.
Os profissionais de fonoaudiologia têm um papel crucial em melhorar a qualidade de vida de pessoas de todas as faixas etárias, auxiliando-os a enfrentar dificuldades de comunicação e a atingir seu máximo potencial em termos de interação social, educacional e profissional.
A fonoaudiologia é um dos serviços de saúde ofertados pela Apae Curitiba, a qual busca incansavelmente prestar atendimento de qualidade no campo da saúde de pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla, transtornos e síndromes.
Andrea Portella Ilowski é a fonoaudióloga que atua na Escola de Estimulação e Desenvolvimento (CEDAE). A profissional atende crianças de 0 a 5 anos com síndromes, transtorno do espectro autista (TEA), atraso no desenvolvimento global, encefalopatias, paralisia cerebral e outras deficiências intelectuais.
O atendimento fonoaudiológico da Apae Curitiba tenta não se fixar em uma técnica específica, mas sim mesclar o que os profissionais acreditam ser o melhor de cada técnica. “Respeitamos que cada criança tem um desenvolvimento e uma maneira de ser e reagir perante as estratégias de trabalho”, compartilhou. Assim, baseiam-se em princípios em que a criança aprende brincando, por intervenção do meio em que vive e do outro.
“A fonoaudiologia através de atividades lúdicas tem como objetivo desenvolver a linguagem verbal e não verbal. Então, utilizamos de brinquedos, músicas, livros ilustrados, jogos educativos como estratégias para estimular a criança”, contou.
Segundo Andrea, os bebês necessitam da estimulação correta para aceitarem os diversos sabores, consistências, temperaturas e textura dos alimentos.
“Estimular as funções estomatognáticas (funções relacionadas a boca e a mastigação) desde bebê refletirá auxiliando em uma melhor alimentação, postura dos órgãos fonoarticulatórios (estruturas anatômicas envolvidas na produção dos sons da fala) e na aquisição dos fonemas, consequentemente na comunicação como um todo.”
Por isso, é realizado um trabalho em conjunto com os responsáveis para que isso aconteça: “Desde o início do tratamento, realizamos um trabalho juntamente com a família para que ele desenvolva as funções estomatognáticas como sucção, mastigação, deglutição e respiração e tenha uma boa aceitação no momento da introdução alimentar”, disse.
Ilowski comentou que suas técnicas preferidas do atendimento fonoaudiólogo da Apae Curitiba são a dos multi gestos e da bandagem kinesio tape.
Multi gestos: a técnica de multigestos na fonoaudiologia é uma estratégia terapêutica que utiliza gestos manuais em conjunto com a fala para facilitar a comunicação e o desenvolvimento da linguagem em crianças com dificuldades de comunicação. Ela ajuda na aquisição de fonemas pela criança com deficiência intelectual.
Bandagem Kinesio Tape: é uma técnica terapêutica que envolve o uso de uma fita elástica adesiva para auxiliar no tratamento de distúrbios de fala, voz e no aspecto das funções estomatognáticas, das funções de sucção, deglutição e mastigação.
Andrea listou algumas técnicas inovadoras voltadas para a fonoaudiologia que tem conquistado a atenção dos profissionais de todo o mundo. Veja:
“Todos com a finalidade de auxiliar no desenvolvimento da linguagem verbal e não verbal”, complementou.
Além disso, a fonoaudióloga comentou da melhoria significativa em pacientes após o avanço da ciência e tecnologia na área da odontologia, em especial, dos aparelhos e tratamentos dentários que corrigiram arcadas dentárias e facilitaram o processo da fala.
Seguindo esse raciocínio, compartilhou da ajuda de implantes cocleares, que são dispositivos eletrônicos médicos que são cirurgicamente implantados no ouvido interno de pessoas com perda auditiva severa e profunda, no desenvolvimento funcional na comunicação de pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla.
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